O Governo do Estado está prestes a iniciar um projeto piloto de revitalização do solo e da bacia do Rio Taquari. Na sexta-feira (11), o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e o diretor-presidente do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), André Borges receberam o vice-presidente de Negócios e Varejo da Caixa Econômica Federal, Celso Leonardo e equipe do programa Caixa Florestas.
Eles visitaram o Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari para conhecer e validar o projeto de recuperação ambiental aprovado junto ao Programa Águas Brasileiras, do Ministério do Desenvolvimento Regional. Foi aberto edital para que empresas privadas elaborassem projetos de revitalização de bacias hidrográficas em todo o país e um projeto para a bacia do rio Taquari foi escolhido como um dos pontos prioritários.
A Caixa Econômica Federal, por meio do Caixa Florestas, é financiadora do Programa Águas Brasileiras, por isso, enviou uma equipe de sete pessoas para conhecer o Parque e os pontos prioritários de recuperação ambiental. Na visita técnica, foram percorridas as duas bases do Parque (Cuitelo e Continental) e os canyons localizados na extensão da Unidade de Conservação administrada pelo Imasul. A ideia é que o projeto seja replicado em toda a Bacia do Taquari, contribuindo para reduzir os efeitos da erosão no solo, na recomposição de matas ciliares e na recuperação do Rio Taquari.
“Dentro da estratégia ambiental e de desenvolvimento sustentável do Governo do Estado, temos buscado recursos e parceiros para auxiliar no projeto de recuperação da bacia do rio Taquari. Dessa forma, viabilizamos a priorização do parque no projeto encabeçado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e este, tem potencial para ser o start no projeto de recuperação do rio Taquari”, explica o secretário Jaime Verruck.
O diretor-presidente do Imasul, André Borges, destaca que os danos ambientais dentro do Parque do Taquari impactam não só a região, mas até o Pantanal. “Acompanhamos a visita técnica e já propomos pra Caixa um acordo de cooperação para que nós possamos estar atuantes no projeto, identificando pontos prioritários e auxiliando tecnicamente”, afirmou.
Representante da Planuus Engenharia, Marcelo Nunes, explicou que o projeto elaborado prevê recuperar 57 hectares de área degradada com plantio de mudas. “Estamos aptos a detalhar o projeto e expandir, para contemplar o que for necessário. Temos vontade de colaborar com o projeto como um todo”.
Celso Leonardo, vice-presidente de negócio e varejo da Caixa e que acompanhou equipe do Caixa Florestas na visita o Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari, explicou que a instituição financeira dispõe de R$ 150 milhões/ano para todos os parques do país por meio do projeto Caixa Florestas.
“Aqui [no Parque do Taquari] a gente viu muita coisa clara e muita coisa concreta. Isso é importante, pois a Caixa é o banco da matemática, assim como é o banco de todos os brasileiros. Aqui, ouvimos o Governo do Estado, a Prefeitura, a empresa que tem essa relação com o projeto. Ouvir todos os atores é muito importante pra gente seguir adiante, fazer a análise e avançar”, disse Celso.
De acordo com o executivo da Caixa, “ainda não há previsão orçamentária da Caixa para o Taquari. Temos que ter essa matemática de pegar todos os orçamentos e qualificar todos os parques que a gente visitou para analisar. A área responsável vai receber os nossos relatórios e vimos muita consistência [no projeto do Taquari] e vamos dar prosseguimento no processo para efetivar. A previsão é de que a análise seja concluída até o final do ano”, finalizou.
Texto e fotos: Priscilla Peres Semagro