Campo Grande (MS) – Equipes da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) reforçaram as ações de controle da raiva animal no primeiro semestre de 2019, tanto na contenção de focos quanto nas medidas preventivas nas regiões de risco para a doença. O esforço possibilitou atender 66% dos municípios do Estado, índice superior ao alcançado no mesmo período dos últimos anos.
Na Região Sul os técnicos estiveram nos municípios de Amambai, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Tacuru, Paranhos, Eldorado, Iguatemi, Japorã e Mundo Novo. “A preocupação continua nestas regiões banhadas pelos Rios Iguatemi, Jogui e seus afluentes, devido aos últimos casos de raiva na região, sendo cinco só neste ano”, disse o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold. Nesses municípios foram visitadas 279 propriedades com vistoria de 55 abrigos e captura e controle de 148 morcegos hematófagos.
Na região da Grande Dourados, além das ações no município de Dourados – onde houve vários casos de raiva no passado, como na região do Barro Preto (margens dos Rios Brilhante e Dourados) – as equipes também atuaram nos municípios de Rio Brilhante e Fátima do Sul, totalizando 55 propriedades visitadas com vistoria de 39 abrigos com captura e controle de 499 morcegos hematófagos.
A Iagro também já havia registrado anteriormente casos de raiva nos municípios de Santa Rita do Pardo e Anaurilândia, próximos aos Rios Pardo e Paraná e seus afluentes. No primeiro semestre deste ano as equipes realizaram vigilância em 111 propriedades com vistoria de 99 abrigos e captura e controle de 596 morcegos hematófagos.
Além destas ações, a Coordenação do Programa de Controle da Raiva realizou palestras na Região Sul (municípios de Amambai, Tacuru, Sete Quedas, Novo Horizonte do Sul, Iguatemi, Japorã, Ivinhema e Ponta Porã) esclarecendo sobre a ocorrência da Raiva e as ações para prevenção de novos casos. O público nestes municípios totalizou 274 produtores rurais.
A raiva
Vale ressaltar que a raiva é uma enfermidade que acomete o Sistema Nervoso Central (SNC) dos mamíferos, inclusive do homem, e que a letalidade é próxima a 100%. É importante ressaltar que o período de incubação é relativamente longo (tempo que o animal foi exposto ao vírus até o aparecimento dos sinais clínicos) varia em média de 45 a 60 dias e que a resposta imunológica à vacinação se inicia em média com 7 a 10 dias. Por isso, é comum o aparecimento de animais que receberam a vacinação e vieram a óbito com a Raiva até que todos os animais estejam protegidos pela vacina.
Portanto, a Iagro orienta o produtor rural sempre que tiver conhecimento de animais com sintomatologia nervosa e/ou presença de possíveis abrigos na região, não manusear o animal e comunicar a Unidade Local da Agência mais próxima. Se alguém entrar em contato com animal com suspeita de Raiva ou agredido por cães, gatos ou morcegos, deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência.