Em Mato Grosso do Sul, nas Unidades de Conservação administradas pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), 175 espécies de aves, algumas delas, raras, foram registradas no sábado (14) durante o Global Big Day 2022, data para observadores de aves de todo o mundo fotografarem o maior número de espécies em 24 horas.
Somente no PEVRI (Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema), mais de 120 espécies de aves foram registradas no Global Big Day 2022. De acordo com o gestor do Parque, Reginaldo Oliveira, um grupo de cinco pessoas, registrou 122 aves, incluindo algumas raras, como o Tricolino, o João-grilo e o Socoí-vermelho, entre outros. O fato demonstra a importância das áreas protegidas para a conservação da biodiversidade. O Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema possui mais de 73 mil hectares localizados na Bacia do Rio Paraná, abrangendo os municípios de Jateí, Naviraí e Taquarussu.
Em outra unidade de conservação de âmbito estadual, o Parque Estadual do Prosa, em Campo Grande, foram contabilizadas 55 espécies por um grupo de 15 observadores. O destaque é a concentração de espécies endêmicas do Cerrado, sobretudo as dependentes florestais, como soldadinho, chorozinho-de-bico-comprido e cisqueiro-do-rio. Mesmo localizado na área urbana da capital sul-mato-grossense, o Parque Estadual do Prosa é uma importante área preservada que além de oferecer qualidade de vida por meio de serviços ambientais, serve de refúgio para diversas espécies da fauna e da flora.
Em Mato Grosso do Sul, a ação do Global Big Day teve apoio do Governo do Estado, por meio da Semagro, Imasul e Fundtur, em parceria com o Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo. O objetivo da ação é incentivar a prática de observação de aves, promovendo o turismo e a prática de imersões em ambientes naturais.
A Dra. Simone Mamede, do Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo, destaca a participação do MS: “A cada ano temos mais adeptos nesta prática que vem fortalecendo o Turismo e fomentando destinos inteligentes pelo MS, uma vez que envolve a valorização da biodiversidade, a inovação, o uso de tecnologias e plataformas colaborativas numa perspectiva de sustentabilidade e de valorização ao que temos de mais importante: a vida”.
Marcelo Armôa