Na busca por recursos internacionais para ações estruturantes em Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel está em Washington (DC) nos Estados Unidos, para discutir questões como a preservação do Pantanal, do Rio Taquari e projetos de infraestrutura. Na quinta-feira (31), acompanhado do secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e da secretária especial da EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas), Eliane Detoni, o governador participou de reuniões nas sedes do BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento, mais conhecido como Banco Mundial. Instituição financeira internacional ligada à Organização das Nações Unidas), e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento),
“Duas agendas importantes para o nosso Estado. No Banco Mundial discutimos mais questões de infraestrutura e projetos estruturantes dentro de uma nova modelagem. No BID, além de PPPs, a pauta foi avançar em algo estruturante para o nosso principal bioma, o Pantanal”, explicou o governador. Riedel destacou ainda a importância dos ministros Carlos Fávaro (Agricultura), e Simone Tebet (Planejamento), nas tratativas juntos aos bancos internacionais, especialmente na pauta tratada com o BID, onde o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) já anunciou aporte de US$ 400 milhões para melhorias em várias áreas de saneamento e sustentabilidade na região do Pantanal.
Como o Brasil é um dos países membros fundadores do BID, cabe ao país designar um ‘governador’ para representa-lo na ‘Assembleia de Governadores’. Atualmente, esse cargo é ocupado pela ministra Simone Tebet.
Projetos de MS na vitrine internacional
De acordo com o secretário Jaime Verruck, um dos focos nas reuniões foi a questão do Pantanal. “Nós estamos terminando a elaboração do projeto chamado BID Pantanal, que é uma ação junto com o Ministério da Economia e Ministério da Agricultura, e que envolve Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. A primeira fase do projeto, que são as intervenções necessárias no âmbito do Rio Taquari, já foi finalizada. Agora, nós estamos em construção de uma segunda fase do projeto junto com o Mato Grosso, que são quais são as intervenções necessárias dentro do Bioma, tratando inclusive da questão da infraestrutura social, atendimento para populações mais vulneráveis e quais são as salvaguardas. Nós continuamos com a meta de finalizar o projeto e apresenta-lo no mês de novembro, conjuntamente com o Mato Grosso e com o governo federal”, informou.
Outra questão debatida em Washington pelo Governo do Estado foi a questão dos impactos das mudanças climáticas e as ações que o Governo de Mato Grosso do Sul vem desenvolvendo, além de como o próprio BID está vendo toda essa questão do desenvolvimento de mecanismos de carbono no país. “O BID já tem uma linha muito forte com a Amazônia e agora também vai tratar dessa questão conjuntamente com o olhar também para o Brasil, especificamente para o Cerrado e para o Pantanal. Dentro dessa situação, a gente teve a oportunidade de apresentar para eles o que é o projeto Mato Grosso Sul Estado Carbono Neutro, como ele está se estruturando”, comentou o titular da Semadesc.
Por fim, na questão da infraestrutura, a administração estadual tratou da Rota Bioceânica. “O BID não é um banco que olha toda a questão da América Latina. Pedimos que eles também olhassem a Rota Bioceânica, buscando realmente projetos que gerem o desenvolvimento integrado de toda essa região”, finalizou Jaime Verruck.
Com informações da Secom-MS