O diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) André Borges participou ontem (02) do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Pantanal, na Câmara dos Deputados, em Brasília. A frente visa discutir políticas públicas que possam garantir o desenvolvimento sustentável do bioma.O evento contou com a participação de cerca de 150 pessoas.
A Frente Parlamentar em Defesa do Pantanal vai focar em produzir legislações específicas para proteção do bioma. A ideia é que as estratégias sejam traçadas a partir de rodas de conversa, plenárias e audiências públicas integrando a população e entidades governamentais.
De acordo com o diretor do Imasul, André Borges, a frente tem grande importância na promoção do desenvolvimento sustentável e a proteção do ecossistema por meio de políticas públicas e da participação civil. “A Frente Parlamentar é um espaço onde a sociedade, o poder público, vão apresentar suas ações, suas demandas, em relação a esse bioma, que é extremamente importante. Nós temos que trabalhar, como diz a legislação sobre o Pantanal hoje, o uso sustentável daquele ecossistema. Temos que pensar em políticas públicas de conservação da natureza, de preservação, aliado às pessoas que estão ali”, enfatizou.
Borges lembrou que o conceito de sustentabilidade é um tripé. “É a parte ambiental, social e econômica. Por isso o Governo do Estado vai subsidiar com todas a informações disponíveis o trabalho da frente, pois entendemos que é um espaço importante para discutirmos ações que vão atender o conjunto do bioma pantanal, não só o Mato Grosso do Sul”, acrescentou.
A presidência ficará a cargo da deputada federal Camila Jara (PT/MS). A vice-presidência ficou com o deputado Dagoberto Nogueira (PSDB/MS). A frente também será composta pelo deputado Vander Loubet (PT/MS), que será coordenador de articulação política.
Pantanal
Maior planície inundável do mundo, o bioma Pantanal é considerado patrimônio natural da humanidade. Ao longo dos seus mais de 250 mil quilômetros quadrados de extensão, abriga cerca de 212 espécies de mamíferos, 269 de peixes, 98 de répteis, 650 de aves e 1800 de plantas. É uma verdadeira reserva da biosfera.
Além disso, oito rios formam a bacia hidrográfica do Alto Paraguai e são fundamentais para a locomoção, atividade econômica e sobrevivência das comunidades indígenas e ribeirinhas da região.