Em 2016, diminuíram os volumes exportados (IVE Agro/Cepea) da maioria dos produtos considerados nos índices de exportação do Cepea, em relação ao ano anterior, com destaque para o óleo de soja (24,9%) e o milho (24,4%). Também recuaram os embarques de café (8,3%), soja em grão (5,2 %), frutas (4,7%), etanol (3,7%), algodão em pluma (3,5%), farelo de soja (2,6%) e carne bovina (0,3%). Segundo pesquisadores do Cepea, soja, milho e café estão entre os produtos que mais sofreram com o clima em 2016. Já as vendas externas de celulose se mantiveram estáveis, enquanto cresceram as de carne de aves (2,1%), suco de laranja (15,3%), madeiras (15,9%), açúcar (20,5%) e carne suína (32,6%).
A China se manteve como o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro em 2016, com 24,3% dos embarques (em receita). O bloco de países da Zona do Euro ficou com a segunda posição, com 17,3%. Estados Unidos, Japão e Irã também se destacaram como importantes parceiros comerciais do Brasil em 2016. Os grupos de produtos mais importantes no ano, em termos de valor exportado, foram os do complexo soja, carnes, sucroalcooleiro, produtos florestais e café.
Para 2017, a expectativa é que a produção agropecuária brasileira se recupere, com expressivo crescimento comparativamente a 2016, segundo a Conab, uma vez que as previsões indicam clima mais favorável neste ano. Outro fator importante para impulsionar o comércio é o aumento da renda dos asiáticos, que deve manter firme a demanda por alimentos. Por outro lado, a mudança na orientação dos acordos e tratados de comércio internacional por parte do governo norte-americano pode acarretar em volatilidade aos mercados, afetando o câmbio e as taxas de juros no mercado internacional. Ainda, restrições ao comércio podem ser impostas a importantes parceiros comerciais do País.
(Redação – Agência IN)