Até 2016 a produção em Minas deve chegar a 915 mil toneladas, aumento de 27,91%/Alisson J. Silva
A grande variedade de tomates disponível no mercado tem agradado aos consumidores e impulsionado a produção no Estado. A estimativa é que entre 2016 e 2026 a produção de Minas Gerais passe das atuais 715 mil toneladas para 915 mil toneladas, um avanço de 27,91%.
No período, a área cultivada vai crescer apenas 1,77% somando 10 mil hectares. A pequena expansão na área mostra o avanço da produtividade, que ocorrerá devido ao uso de tecnologias, variedades mais resistentes e tratos culturais adequados. Todos estes cuidados são considerados fundamentais para que o uso de defensivos seja menor.
A produção mineira é dirigida para o consumo in natura e industrial, sendo que a maior parte da área plantada é voltada para o plantio de tomate de mesa (74%), vendido in natura, ocupando a liderança, inclusive frente a São Paulo. Em relação ao tomate para a indústria, o Estado é o terceiro maior produtor, atrás de São Paulo e Goiás. O setor emprega diretamente 15 mil pessoas.
De acordo com o coordenador técnico estadual de Olericultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Georgeton Silveira, nos últimos anos, novas variedades de tomates chegaram ao mercado e estão agradando o consumidor. Estas variedades especiais denominadas gourmet, com frutos de formatos variados e maior concentração de açúcares, estão formando novos nichos de mercado e garantindo maior rentabilidade aos produtores, já que os preços também são diferenciados.
A indústria também está em busca de produtos diferenciados como o tomate pelado para molho, o que vem despertando maior interesse do consumidor e ampliando a demanda. Há também o crescimento do segmento de tomate orgânico, que nos últimos anos vem conquistando espaço no mercado, o que se traduz num grande potencial para aumento das áreas cultivadas nesse sistema.
“Os consumidores não avaliam apenas a aparência do tomate, mas o sabor e a qualidade. Por isso, a demanda pelos produtos gourmet está crescendo. O produtor precisa estar atento ao que o consumidor quer e escolher a variedade que vai plantar.
Nós próximos anos, o produtor será mais cobrado por um tomate com qualidade visual, sabor e com controle de contaminação. No caso da contaminação, as empresas de pesquisa também precisam avançar em busca de variedades mais resistentes à pragas e doenças, o que demandará menor uso de produtos químicos”, disse Silveira.