Campo Grande (MS) – Com o objetivo de conjugar esforços, o governador Reinaldo Azambuja assina com diversos atores da cadeia produtiva – representantes da federação, cooperativas, empresas de pesquisa, Governo Federal, prefeituras e instituições financeiras – um termo de cooperação técnica que garantirá a implantação e execução do “Programa Estadual de Recuperação de Pastagens Degradadas” nesta terça feira (8), em ato de lançamento no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, às 14h30.
O programa, que prevê a recuperação em cinco anos do potencial produtivo de dois dos oito milhões de hectares de pastagens que apresentam algum grau de degradação, será gerido pela Secretaria de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf), e prevê impactos econômicos que vão desde o significativo aumento da capacidade de suporte das pastagens, incremento da produção de grãos, carne bovina, cana de açúcar e madeira até o incremento do valor bruto de produção que pode chegar aos 12 bilhões.
Fundamentado na renúncia fiscal para produção incremental, o Governo do Estado lança o programa com previsão de que nove mil novos empregos sejam criados, já que além do trabalho de recuperação, também serão disponibilizados mecanismos para que o produtor mantenha essas áreas recuperadas.
Com 16 milhões de hectares sendo cultivados com pastagem e a economia baseada no agronegócio, o Estado do Mato Grosso do Sul, também por conta de outras demandas, está sendo mapeado para que os trabalhos de recuperação de pontes e estradas e instalação e ampliação de armazéns seja realizado de forma a impulsionar o aumento da produção de alimentos, fibras, energia e produtos florestais, a ampliação da renda nos vários elos da cadeia, para que seja assegurada a competitividade, ampliação do número de postos de trabalho e incorporação ao sistema produtivo de práticas agrícolas ambientalmente corretas, oferecendo assim maior dinamismo aos setores de produção e consumo de bens de capital e serviço, em Mato Grosso do Sul, que são alguns dos objetivos do programa.
Os incentivos a serem oferecidos, seu detalhamento, bem como o nome escolhido para o Programa serão apresentados no ato e posteriormente em ações de divulgação direcionadas especialmente para os produtores, em eventos organizados regionalmente em conjunto com os diversos parceiros, que também devem auxiliar na mobilização e capacitação de produtores e técnicos para elaboração e execução dos projetos.
A responsabilidade com o meio ambiente e a sustentabilidade das atividades produtivas no Estado também são contempladas no programa, que prevê a redução nos cinco anos propostos da emissão de gases de efeito estufa na ordem de 20,5 milhões de toneladas equivalente.
Com exemplo simples, o secretário de Produção, Fernando Lamas, tem reiterado a importância da participação dos produtores citando dados da Embrapa – precursora das tecnologias a serem utilizadas no programa – que demonstram que uma arroba de boi mantido numa pastagem degradada custa em média R$ 120,00 e uma arroba de boi mantido numa pastagem recuperada custa pouco mais R$ 50,00.
Kelly Ventorim – Sepaf