Segundo o gerente de atendimento da Spark, Renato de Oliveira, nesse esforço de todo o setor agrícola para proteger a biotecnologia no campo, trabalhar o relacionamento e transformar os agrônomos das revendas e cooperativas emplayers ativos no processo de ampliação da adoção de refúgio é peça-chave, uma vez que 67% dos produtores receberam orientação desse profissional. “É um ponto de contato e informação muito importante e que o produtor confia”, diz.
A pesquisa revelou ainda que, para o produtor, tanto as razões motivacionais, quanto as vantagens relacionadas ao refúgio, estão, em sua maioria, ligadas à preservação da tecnologia. Entre aqueles que responderam o questionário, 62% afirmaram que fizeram refúgio para manter a eficiência da tecnologia, 49% viram como vantagem a durabilidade da tecnologia e 44% a diminuição de insetos resistentes às toxinas do Bt.
Cooperativas
Nesse contexto no qual o apoio técnico é essencial, as cooperativas também buscam orientar os produtores sobre o manejo correto das áreas de refúgio. A C.Vale, cooperativa com mais de 18 mil associados, realiza uma série de ações com esse objetivo. “Temos técnicos que visitam os produtores orientando, fazemos palestras e dias de campo abordando o assunto, além de distribuir material de apoio”, afirma o gerente do departamento agronômico da C.Vale, Carlos Alberto Konig.
A gaúcha Cotrijal é outra cooperativa que tem investe em educação no campo. De acordo com o analista de produção da Cotrijal, Edilson Baumgratz, a regra geral na cooperativa é informar o produtor sobre a necessidade do refúgio e difundir essa informação por meio do corpo técnico. “Na região em que atuamos temos hoje 80 profissionais de campo, entre engenheiros, agrônomos e técnicos agrícolas, que buscam levar essa conscientização”, diz.