O Dia da Indústria é comemorado em 25 de maio
A Suzano está investindo R$ 14,7 bilhões na construção de uma indústria de celulose no município de Ribas do Rio Pardo. A unidade será a maior do mundo com capacidade para produzir 2,3 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano. A fase de obras está começando e a previsão é de que até 2024, quando deve inaugurar, o impacto no PIB (Produto Interno Bruto) seja de 5,3%.
Do total a ser investido na primeira fase, a empresa estima R$ 7 bilhões em construções e instalações e outros R$ 7 bilhões em máquinas e equipamentos. Levantamento feito pela equipe econômica da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), prevê impacto de R$ 5,737 bilhões de valor associado bruto.
Esse montante resultaria em aumento de 5,36% sobre o PIB estadual. A pesquisa usa com base o PIB estadual de 2018, último consolidado, de R$ 106 bilhões. Na fase de obras, ao menos 16 setores da economia serão impactados com os investimentos realizados pela Suzano. A geração de empregos diretos deve chegar a 10 mil entre 2021 e 2024.
Titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck destaca que com o anúncio por parte da Suzano, Mato Grosso do Sul está recebendo o maior investimento privado do país atualmente, gerando impacto em muitos setores do Estado, principalmente para atender as demandas da indústria.
“A implantação da Suzano em Ribas do Rio Pardo vai transformar a região. A nossa quarta indústria de celulose no Estado além de gerar milhares de empregos no período de obra e quando estiver concluída, é o modelo de empreendimento sustentável que estamos fomentando para o nosso Estado, seguindo o conceito de indústria 4.0, com autossuficiência em energia limpa e outras práticas de ESG”, afirma o titular da Semagro.
Os R$ 14,7 bilhões de investimentos da Suzano devem resultar em R$ 19.492 bilhões na economia estadual, considerando os diversos setores afetados. Os mais impactados são os que tem relação direta com o recebimento dos investimentos nessa primeira etapa como: a Indústria de Transformação que deve movimentar R$ 8,8 bilhões e a Construção civil com R$ 7,9 bilhões.
Para alimentar e abrigar toda a mão de obra, muitos outros setores sofreram impacto positivo, como é o caso dos transportes (R$ 533 milhões), Indústria extrativa (R$ 531 milhões), atividades imobiliárias e das empresas (R$ 522 milhões), Atividades financeiras R$ (364 milhões) e alojamentos (R$ 51,4 milhões).
Indústria em operação
Mato Grosso do Sul é atualmente o 1º no ranking de exportação de celulose do país. Também ocupa a 3º posição em área de florestas plantadas, com cinco municípios entre os 10 no ranking dos maiores produtores, além do melhor desempenho municipal em valor da produção do setor, em Três Lagoas.
Passada a fase de obras do Projeto Cerrado, a previsão é que indústria inaugure no início de 2024 e a produção de 2,3 milhões de toneladas de celulose por ano, represente 10% de toda a celulose produzida no Brasil. A unidade deve impactar em R$ 4,1 bilhões o faturamento do setor e Mato Grosso do Sul que já figura como um dos principais produtores de celulose, deve ver a demanda aumentar em 50%.
O levantamento feito pela equipe da Semagro mostra ainda que, passada a fase de obras, pelo menos 15 setores serão diretamente impactados pela indústria em operação. Nesta fase, a maior movimentação econômica ficará com a Indústria de Transformação, com geração de valor bruto de produção estimado em R$ 4,6 bilhões. Já, todos os setores unidos devem movimentar R$ 6 bilhões ao ano. O incremento no PIB estadual está estimado em 3% ao ano de produção, com valores de R$ 3,2 bilhões.
Priscilla Peres, comunicação Semagro