O modelo alfandegário a ser adotado pelos países que compõem a Rota Bioceânica, as autorizações necessárias para o transporte internacional e tratativas sobre a logística
foram debatidos ontem (26) por autoridades brasileiras, sul-americanas e empresários, reunidas no Bioparque em Campo Grande.
O assunto foi tema do seminário “A utilização de instrumentos de trânsito internacional para a dinamização do corredor bioceânico”, evento organizado pela IRU (União Internacional dos Transportes Rodoviários (IRU) e pelo Ministério das Relações Exteriores, com apoio do Governo do Estado, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e parceria da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística). O objetivo é elucidar o panorama atual e as potencialidades do segmento internacional de cargas, focando nas oportunidades da rota Bioceânica. O evento que acontece até hoje, teve a participação do assessor de logística da Semadesc, Lúcio Lagemann.
No seminário no dia de ontem, foi abordado o Convênio TIR, que promete revolucionar o transporte rodoviário internacional, as normas da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) na logística internacional, entre outros assuntos.
O debate é de extrema impotância neste momento, segundo o secretário Jaime Verruck, da Semadesc,. “Tivemos um avanço significativo na Rota . A ponte encontra-se em estágio avançado na sua obra com cerca de 40% concluída; o acesso à ponte já foi licitado pelo governo brasileiro e deveremos em breve saber quem será o vencedor do processo. Além disso o acesso do Paraguai até a fronteira com a Argentina já foi contratualizado e está em execução e assim ocorre em outras demandas de infraestrutura rodoviária na Argentina e no Chile”, citou.
Para o titular da Semadesc, o próximo grande passo é a estruturação da alfândega e do fluxo de mercadorias. “Nós entendemos que o modelo atual existente no Mercosul, nas fronteiras brasileiras e também nos outros países não tem elementos suficientes para dar competitividade à Rota Bioceânica. Por isso, o seminário é um passo importantíssimo. Essa discussão é fundamental para que a gente entenda qual é a diretriz e qual é o arcabouço legal de governança para que possamos efetivamente implante o sistema alfandegado rápido, eficiente, ágil e seguro no âmbito da Rota Bioceânica”, finalizou.
Fotos – Mairinco de Pauda