Campo Grande (MS) – “O investimento em infraestruturas e equipamentos de última geração é fundamental para alavancar a pesquisa científica e a produção de conhecimento em Mato Grosso do Sul”, comentou o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) na inauguração do Laboratório Multiusuário de Modelos Experimentais de Doença (LMED), que foi inaugurado no sábado (27) na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
O titular da Semagro representou o governador Reinaldo Azambuja no evento, que contou com a presença do reitor da UFMS Marcelo Turine, da vice-reitora Camila Ítavo, do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, e do presidente da Finep, general Waldemar Barroso.
O LMED está localizado na Faculdade de Medicina, setor 2 da Cidade Universitária. Além da infraestrutura física, o LMED conta com leitora de placas de Elisa, balança de precisão, centrífuga refrigerada de alta velocidade, microscópio cirúrgico e o Extreme, que permite a aquisição de imagens digitais de raios-x com alta resolução, além de estrutura de estantes ventiladas e rack com micro-isolador, no qual é alocado um modelo por espaço.
O laboratório é ligado ao programa de pós-graduação em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste, oferecido pela UFMS e que conta com nota cinco na avaliação da CAPES. Recentemente, o programa recebeu investimento de mais de R$ 1,3 milhões, provenientes de três editais, de recursos do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação (MCTIC), por meio da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), o que permitiu a construção de mais três laboratórios.
“Uma das nossas preocupações é melhorar a infraestrutura de pesquisa do país, melhorar o apoio à inovação. Fico feliz em ver que o investimento operou uma transformação aqui. Parabéns a toda a equipe”, ressaltou o ministro. “Sem os recursos do MCTIC não conseguiríamos implementar toda essa estrutura. Por isso, estamos orgulhosos em inaugurar esse laboratório que vai auxiliar nossos pesquisadores e acadêmicos a desenvolver pesquisas de ponta e com aplicação direta na promoção da saúde”, pontuou o reitor.
A coordenadora do LMED, Iandara Schettert ressaltou que “os investimentos feitos no laboratório foram vitais para a continuidade dos experimentos, haja vista sua aplicação na promoção da saúde humana, principalmente, os que são relacionados às doenças raras, nas quais há poucos recursos e estudos”. Segundo ela, são atendidos os programas de pós-graduação em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste, Doenças Infecciosas e Parasitárias, o Instituto de Química, a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UFMS.
Desde o início do seu funcionamento, em março de 2017, já foram realizados oito experimentos. “Temos condições para efetuar dois tipos de experimentos simultaneamente. Em média cada um tem duração de seis a oito semanas. Todos seguem rigorosa e criteriosamente as determinações éticas relacionadas a experiências com modelos experimentais”, enfatiza Iandara.
A partir de agosto, o Laboratório vai abrigar três experimentos que envolvem além da equipe, o pesquisador Durval Palhares do PPG em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste e duas acadêmicas, a médica e doutoranda Maria José Maldonado e a médica-veterinária e mestranda Liliane Bochenek, além da parceria com a UCDB e a Walsh University.
“Realizaremos um ensaio pré-clínico para um equipamento que o professor Durval está patenteando e foi construído em parceria com o pesquisador Marco Naka, da UCDB”, comenta Iandara. Trata-se de uma espécie de capacete (coolcap) que permite realizar uma hipotermia seletiva na cabeça de crianças que tiveram hipóxia perinatal. “Podemos falar que é um mini CTI com o objetivo de estabilizar e evitar lesões da hipóxia durante o transporte das crianças”, explica Iandara.
Segundo a coordenadora do LMED, os experimentos contribuem para gerar inovação à medida que validam tratamentos para doenças, como a hipóxia, câncer, diabetes e insuficiência renal, além dos equipamentos que auxiliam na promoção da saúde. “Os ensaios pré-clínicos constituem a parte final do desenvolvimento das pesquisas e são importantes para confirmar ou não a eficácia desses tratamentos”, finaliza Schettert.
Com informações e fotos da Assessoria de Comunicação da UFMS