Brasília (DF) – O Secretário de Estado da Produção e Agricultura Familiar do Mato Grosso d Sul, Doutor Fernando Mendes Lamas, participou na ultima quarta-feira (16) em Brasília do Seminário sobre o Plano Nacional de Irrigação.
Extremamente importante para o Estado a discussão, para Fernando Lamas, deve servir de base para a construção e o programação das ações voltadas ao desenvolvimento sustentável do setor no país.
O seminário reuniu autoridades de diversos estados brasileiros e contou com apresentações de representantes do MI, dos ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação, do Serviço Florestal Brasileiro e da Associação dos Irrigantes do Estado de Goiás.
Além da modernização do Plano Nacional de Irrigação, os participantes trataram de temas como a implementação do novo Código Florestal Brasileiro, com foco no Cadastro Ambiental Rural (CAR), oportunidades de negócios e desafios para a irrigação e a gestão de recursos hídricos.
Para o representante do Serviço Florestal Brasileiro, Carlos Eduardo Sturm, o CAR vai ampliar a fiscalização e o censo das propriedades rurais do país, ressaltando os cuidados dos proprietários com o meio ambiente. “O cadastro facilitará o monitoramento de áreas de reservas ambientais dentro das propriedades”, explicou Sturm.
Já o presidente da Associação de Irrigantes do Estado de Goiás, Alécio Maróstica, destacou a necessidade de aumentar o debate sobre a implementação de novas tecnologias para diminuir gastos com água e energia nas propriedades.
Análise Territorial
Outro tema debatido foi o estudo “Análise Territorial para o Desenvolvimento da Agricultura Irrigada no Brasil”. O material aponta que o Brasil tem potencial para expandir as terras irrigadas em até 61 milhões de hectares – o equivalente a 10 vezes o tamanho atual.
De acordo com o analista de infraestrutura hídrica da Secretaria Nacional de Irrigação do MI, Caio Leite, o trabalho apresenta uma nova metodologia para a formulação e monitoramento de políticas públicas voltadas ao setor. “A nova abordagem considera as particularidades do território nacional, identificando estratégias específicas, coerentes com o planejamento e desenvolvimento de cada região”, afirmou.
Plano Nacional de Irrigação
Atualmente, 96% da irrigação no Brasil é praticada pela iniciativa privada. Por esse motivo, o Plano Nacional de Irrigação deve ser modernizado, de modo a contemplar a atividade em perímetros públicos e em propriedades particulares. O plano terá como base a melhoria da competitividade e da qualidade dos produtos agrícolas, com foco na sustentabilidade ecológica e no cuidado com o meio ambiente.
A agricultura irrigada representa um setor importante no contexto da produção de alimentos no mundo. Acompanhando as estimativas de crescimento populacional para os próximos 25 anos, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO), cerca de 80% dos alimentos necessários serão provenientes dos cultivos irrigados.
O Brasil tem a nona maior área irrigada do mundo, com cerca de 6,2 milhões de hectares. A estimativa, segundo a Agência Nacional das Águas (ANA), é que poderia ser a terceira maior, pois tem 29,3 milhões hectares de área irrigável (área que já poderia ser utilizada, mas ainda não tem ações de irrigação).
Com informações do MI