O mercado de carbono Neutro avança no País mas ainda tem inúmeros desafios pela frente que vão da precificação do crédito até a capacitação de mão de obra. Estes foram alguns dos pontos abordados hoje (13), durante palestra do secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, na Live sobre Certificação de Carbono Neutro realizada pela Associação Brasileira de Engenheiros Mecânicos, secção de Mato Grosso do Sul (Abemec-MS).
Na ocasião o secretário abordou temas como precificação do mercado de Carbono, os entraves jurídicos e ainda apresentei os avanços em projetos que estão sendo desenvolvidos em Mato Grosso do Sul, principalmente no PROCLIMA – Programa Estadual de Mudanças Climáticas – PROCLIMA.
“Precisamos buscar meios de transformar o incentivo ambiental em ativo financeiro. Esse é um grande desafio. Determinar qual o valor de um crédito, uma tonelada de carbono sequestrado”, frisou o secretário.
Ele destacou durante a palestra as iniciativas que estão sendo feitas em certificação no Brasil e em Mato Grosso do Sul, seja no biogás no biometano, nas pastagens nativas, florestas plantadas, energia renovável e solar. “Precisamos sempre olhar um pouco do que está na legislação sob o ponto de vista de critérios deste mercado, a gente não pode perder de referência o critério da adicionalidade quando nós falamos de carbono. É importante colocar isso, nós pegarmos certificados de carbono, nós não temos nenhum conceito de adicionalidade. Quer dizer, a gente não consegue fazer com que esse crédito carbono tenha impacto direto naquilo que é a proposta, que é exatamente de não permitir que a elevação temperatura do planeta ultrapassa 1,5%”, destacou.
Qualificação
Outro ponto citado pelo titular da Semagro é a necessidade de capacitar os profissionais para atuarem neste ambiente. “Isso é uma condição fundamental a qualificação de profissionais. Qualquer pedido de supressão vegetal hoje pela nossa lei do PROCLIMA, o profissional que apresenta o projeto, que normalmente um engenheiro ambiental, florestal ou engenheiro agrônomo, apresenta projetos de expressão vegetal. Ele obrigatoriamente tem que fazer o balanço de carbono, que obviamente vai ser negativo. E veja, a grande dificuldade que nós temos hoje, são profissinais qualificados”, concluiu.