A segunda safra do milho 2015/2016 será impactada em ao menos 30 dias com o atraso da semeadura e consequentemente da colheita da soja em Mato Grosso. As regiões mais afetadas no estado pela falta das águas são as Leste e Norte.
As chuvas que ocorreram em dezembro foram irregulares e as precipitações consideradas insuficientes para uma “possível” recuperação das lavouras.
Conforme o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Endrigo Dalcin, a safra 2015/2016 está sendo “uma safra totalmente atípica em Mato Grosso. O veranico persistiu mais do que em outros anos”.
Em Mato Grosso são poucas as propriedades que conseguiram iniciar a colheita da soja dentro do calendário normal. Como o Agro Olhar comentou recentemente, em algumas áreas de pivô a produtividade média encontrada é de 50 sacas por hectare, quando a média deveria ser de 70 sacas.
O primeiro levantamento de quebra de safra, realizado em dezembro, apontaram retração de um milhão de toneladas na produção de soja, que pode ser superada.
O diretor técnico da Aprosoja-MT, Nery Ribas, afirma que ainda é cedo estimar o quanto de fato será a quebra desta safra no estado. “O que observamos é que houve replantio. O agricultor precisa estar atento à sua lavoura e monitorar pragas e doenças. As precipitações não foram suficientes. Nos bolsões onde já havia perdas, não há mais recuperação, apenas em locais onde as plantas estavam em estádio vegetativo”.
Ainda segundo o diretor técnico da Aprosoja-MT, com o atraso na soja a segunda safra do milho será impactada em ao menos 30 dias. Contudo, Nery Ribas declara que apesar disso ainda é cedo precisar se haverá ou não redução da área a ser semeada com o cereal. “Os produtores certamente aguardarão as chuvas se estenderem pelos próximos dias”.