Campo Grande (MS) – A contribuição do conhecimento científico e tecnológico para tornar a produção de alimentos cada vez mais eficiente é o tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2016. O assunto foi escolhido pelo Ministério para redesenhar o Programa de Segurança Alimentar no país. Em Mato Grosso do Sul, o governador Reinaldo Azambuja, participou da abertura da 13ª edição na Secretaria de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei) e destacou a contrição da ciência na tecnologia na diversificação da matriz econômica do Estado.
“Mesmo na crise nosso Estado conseguiu responder positivamente. Somos o 2º do Brasil em geração positiva de empregos e isso é fruto de uma economia diversificada. No decorrer dos anos, MS tem saído do binômio soja e boi, agregando valor aos produtos por meio da agroindustrialização e outras cadeias produtivas, incrementando a economia local. Esse fator é extremamente positivo. Nós diminuímos o rebanho, por exemplo, mas aumentamos a oferta de carne e principalmente a qualidade. Isso só foi possível graças ao empenho das instituições parceiras, com ações voltadas à ciência e tecnologia”, destacou Reinaldo.
O titular da Sectei, Secretário Rento Roscoe, pontuou que o tema tem ampla aderência no Estado, tanto pela importância do agronegócio quanto pela significativa contribuição da ciência por meio das Universidades e Instituições de Pesquisa. Na avaliação de Roscoe, a Semana vai propor a discussão de forma saudável e a popularização da área de ciência e tecnologia na sociedade.
“A Semana tem como objetivo popularizar a ciência. É um momento de aproximar os cientistas da sociedade e vice-versa. Por isso há um esforço do Ministério e de todas as instituições de Ciência e Tecnologia do País. O nosso Estado tem uma economia baseada na agricultura de grãos, passando pela pecuária, cana-de-açúcar, que produz o alimento e energia, além de ter a produção de papel e celulose – e agora materiais lenhosos, para móveis, painéis e compensados. Com uma população mundial de 7 bilhões que vai saltar para 9 bilhões de habitantes, haverá o aumento na produção de alimentos e o Brasil, assim como Mato Grosso do Sul, tem papel preponderante nisso”, afirmou Roscoe.
Segundo estudos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, até 2050 a população mundial vai subir de 7 bilhões para 9 bilhões de pessoas e com ela a necessidade do aumento na produção de alimentos, fibras e energia, em cerca de 60% do que temos hoje. “Temos que olhar esse fator como oportunidade, principalmente porque 40% dessa demanda deverá ficar sob responsabilidade do Brasil. Em MS nós temos uma economia diversificada e tenho certeza que, com apoio da ciência e tecnologia, poderemos ajudar a alimentar cada vez mais o Brasil e também o mundo”, finalizou o governador.
Exposição
Após a abertura oficial – que contou com a apresentação da banda da Polícia Militar – o governador, secretário e demais autoridades visitaram os estandes das 11 regiões de MS, onde estão expostos os trabalhos dos estudantes das escolas estaduais, em parceria com a Secretaria de Educação (SED). Em Mato Grosso do Sul, as ações estão sendo realizadas de 17 a 23 de outubro, em 61 municípios, com a participação de 295 instituições parceiras.
Em Campo Grande, a 13ª edição do evento é realizada no prédio da Sectei, no período de 19 a 21 de outubro. A previsão é receber aproximadamente 2 mil alunos de escolas públicas e particulares. A exposição é aberta diariamente a todos os interessados das 8h às 17h. A secretaria fica Avenida Fernando Correa da Costa, 559 – Centro.
Evolução humana e os alimentos
A história da evolução humana, a sua relação com os alimentos e a contribuição do conhecimento científico e tecnológico, tem tornado nossa alimentação diária cada vez melhor. Assuntos como esses estão pontuando os debates da 13ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) por todo o país. O período oficial do evento é de 17 a 23 de outubro e o tema “Ciência Alimentando o Brasil”.
Ao anunciar a nova temática, o secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Eron Bezerra, destacou que a discussão está alinhada ao empenho da pasta no redesenho do Programa de Segurança Alimentar para o país, com foco no desenvolvimento de pesquisa e novas tecnologias, na inclusão de populações vulneráveis – a exemplo de quilombolas e índios – e na busca em elevar o padrão de renda dessas pessoas por meio da verticalização da produção e da agregação de valor dos seus produtos.
A expectativa é que a temática permita tratar sobre aspectos relacionados, por exemplo, à questão da qualidade dos alimentos. A Semana é coordenada pelo MCTI e realizada nacionalmente desde 2004. O evento conta com a colaboração de Ministérios, Universidades, Institutos de Pesquisa, Fundações de Apoio à Pesquisa, Instituições de Ensino, Museus e Centros Científicos, Instituições privadas, além de secretarias estaduais e municipais, em especial de Ciência e Tecnologia e de Educação.
O objetivo principal é aproximar a população da ciência e da tecnologia, promovendo eventos que congregam centenas de instituições a fim de realizar atividades de divulgação científica em linguagem acessível à população e por meios inovadores que estimulem a curiosidade e motivem a população a discutir as implicações sociais da ciência.
Fotos: Chico Ribeiro.