As exportações de carne suína brasileira tiveram forte aumento em janeiro, impulsionadas pela manutenção de grande volumes de compras pela Rússia e pelo aumento da demanda por Hong Kong, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) na quinta-feira (18).
O Brasil exportou 47,1 mil toneladas de carne suína em janeiro, aumento de 63% em relação a janeiro de 2015. Esses embarques representam aumento de 8,7% na receita em dólar, que somou US$ 79,7 milhões. Em reais, a alta foi de 67,2%, a R$ 323 milhões.
A Rússia continuou a ser o principal destino para a carne suína brasileira, com a compra de 16,3 mil toneladas em janeiro, aumento de 55% ante janeiro de 2015.
Hong Kong elevou as compras em 88%, na comparação anual, para 13,8 mil toneladas.
A China, outro grande comprador, aumentou as compras em 4.000% em janeiro, a 1,6 mil toneladas, ante o mesmo mês do ano passado, diante da habilitação de novas plantas frigoríficas brasileiras para exportarem ao país ao longo de 2015 e início de 2016.
“Além destes, em praticamente todos os mercados houve crescimento nas exportações, como é o caso de Cingapura, Argentina e Uruguai”, disse o vice-presidente do setor de Suínos na ABPA, Rui Eduardo Saldanha Vargas, em comunicado.
O resultado positivo das exportações ocorre apesar do aumento dos custos de milho para a nutrição animal no Brasil, o que tem provocado reajustes no preço do carne, segundo a ABPA. O presidente executivo da entidade, Francisco Turra, disse que ainda há preocupação com perda de competitividade registrada pelo setor no começo deste ano.
O custo de produção de suínos em janeiro subiu 6,21%, alavancado pelos custos com industrialização e a aquisição de rações para os suínos que subiram 6,11% no período,segundo informou o Centro de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa na semana passada. Nos últimos 12 meses, os custos com nutrição de suínos subiram 17,76%.
Por Anna Flávia Rochas , Carnetec