A extração de óleo fino de abacate pelo sistema de centrifugação, o mesmo utilizado no processamento do azeite de oliva, foi feito no Campo Experimental da Epamig em Maria da Fé, no Sul de Minas. A agroindústria do óleo de abacate apresenta boas perspectivas no Brasil, em função dos frutos de algumas variedades cultivadas como Wagner, Hass, Fuerte, Linda e Margarida, apresentarem quantidades consideráveis de lipídios, em média 20% de óleo na polpa úmida.
De acordo com o pesquisador Adelson de Oliveira, da Epamig, que coordena estudos pioneiros do óleo de abacate, há a disponibilidade de matéria-prima durante praticamente o ano todo. As variedades mais ricas em óleo têm um período de safra entre os meses de julho a novembro, enquanto as variedades com menor quantidade de óleo na polpa, em média 9% na polpa úmida, têm um período de safra entre os meses de janeiro e junho.
“No período da safra, geralmente, o preço do fruto no mercado interno atinge valores muito baixos em decorrência do volume produzido, o que sugere o uso do excedente na agroindústria”, disse.
Segundo Adelson de Oliveira, para a elaboração de óleo de abacate de alta qualidade é preciso observar fatores agronômicos que influenciam o resultado final, como a variedade, o manejo da cultura, a colheita, dentre outros. Estudos mostram que as variedades Hass e Fuerte são as que apresentam maior rendimento, podendo ser extraído até 26% de óleo.
“O óleo obtido da variedade Breda (a produzida por João Carlos Gonçalves) também é interessante, especialmente por apresentar um sabor ligeiramente picante”, informa. Ele explica que é importante, por exemplo, que o fruto apresente maturação concluída, fase em que concentra maior conteúdo de óleo, não podendo, no entanto, estar muito maduro.
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