O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), iniciou um projeto de aprimoramento institucional que pretende reposicionar o órgão diante dos novos desafios ambientais, reforçando sua capacidade técnica, modernizando processos internos e consolidando o papel estratégico que já desempenha no cenário nacional.
A iniciativa parte do reconhecimento de que a agenda ambiental deixou de ser uma pauta setorial para ocupar o centro das políticas de desenvolvimento no mundo. Nesse sentido, o Imasul pretende se alinhar às tendências globais de sustentabilidade, mudança climática e mercado de carbono, mantendo-se como referência em licenciamento e gestão ambiental.
Novo olhar para a agenda ambiental
De acordo com Daniel Vargas, professor de Economia e Direito da Fundação Getulio Vargas (FGV) e responsável por coordenar metodologicamente o projeto, a transformação institucional do Imasul é essencial para consolidar o papel do órgão como protagonista das políticas públicas no estado.
“O que nós temos visto é que o meio ambiente deixou de ser apenas um objeto setorial e passou a ser o centro estratégico das políticas de desenvolvimento. A questão é como podemos, aproveitando as melhores experiências já construídas pelo Imasul, fortalecer seu posicionamento e torná-lo cada vez mais robusto para mobilizar informações, responder com agilidade a demandas estratégicas e sustentar o perfil exemplar de Mato Grosso do Sul em desenvolvimento sustentável”, destacou.
Para alcançar esse objetivo, o trabalho será desenvolvido de forma colaborativa e baseado no que já existe, sem importar soluções prontas de outros contextos. A proposta é avançar a partir das práticas consolidadas no estado. O projeto se dividirá em quatro camadas de ação integradas: como Estrutura de processos e responsabilidades – organizar fluxos, competências e funções já definidas em lei e nas práticas internas, garantindo maior eficiência. Aprimoramento do licenciamento ambiental – diante do novo marco normativo nacional, os estados terão mais responsabilidades, e o Imasul pode consolidar-se ainda mais como referência, mantendo qualidade e agilidade, como já ocorre nos licenciamentos da área de celulose.
Reposicionamento estratégico e integração institucional – promover maior diálogo entre as diferentes especialidades técnicas do órgão, com o apoio de consultorias qualificadas e alinhamento às agendas globais, como as convenções internacionais e o mercado de carbono. Caminho tecnológico e desenvolvimento interno – definir até onde a tecnologia pode automatizar processos e em que medida a atuação humana é essencial, construindo uma inteligência interna capaz de dar respostas rápidas e efetivas à sociedade.
Modernização e reposicionamento da marca Imasul
Para o secretário da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação – Semadesc, Jaime Verruck, o projeto representa um passo necessário de modernização. Ele ressalta que, diante dos novos desafios impostos pelas convenções mundiais e pela agenda climática, é fundamental que o órgão se reposicione de forma estratégica.
“Todo processo precisa de melhorias e modernizações. O que estamos fazendo agora é justamente olhar para esse novo cenário ambiental. O Imasul já possui focos de excelência reconhecidos nacionalmente, como o licenciamento de grandes projetos de celulose, que são aprovados no menor tempo do país, com alto nível técnico. Agora, queremos elevar ainda mais esse patamar e reposicionar a marca Imasul, integrando especialidades, definindo caminhos tecnológicos e desenvolvendo internamente novas práticas, sem depender apenas de softwares prontos. O que buscamos é fortalecer uma inteligência institucional, capaz de integrar os pilares social, econômico e ambiental do desenvolvimento sustentável”, afirmou Verruck.
Atendimento à sociedade e valorização dos servidores
O secretario adjunto, Artur Falcette, destacou outro ponto importante do projeto: sua capacidade de gerar benefícios não apenas para o público externo, mas também para os servidores da instituição. “Essa é uma excelente oportunidade para olharmos para a estrutura interna e pensarmos não só em como atender melhor o nosso cliente final, que demanda o licenciamento e os serviços do Imasul, mas também em como responder às expectativas da sociedade, que espera políticas ambientais robustas e eficazes. Além disso, é uma chance de oferecer aos servidores perspectivas de crescimento, de trabalhar em um órgão mais moderno e estruturado, alinhado às tendências globais. Isso significa valorizar quem está aqui dentro, quem desempenha um papel fundamental e que também deseja evoluir junto com a instituição”, afirmou.
Visão do Imasul
O diretor-presidente do Imasul, André Borges, reforçou que a transformação institucional tem como foco preparar o órgão para os desafios ambientais dos próximos anos, com inovação, integração e valorização da equipe. “Esse projeto é uma oportunidade histórica para o Imasul. Queremos dar um salto de qualidade, estruturando processos, fortalecendo nossa capacidade técnica e aproveitando o que temos de melhor: os nossos servidores. A ideia não é apenas adotar ferramentas novas, mas construir uma inteligência coletiva que nos permita entregar resultados mais rápidos, eficientes e alinhados às expectativas da sociedade. O Imasul já é referência nacional em várias áreas, mas agora buscamos avançar ainda mais, com visão de futuro e compromisso com o desenvolvimento sustentável”, destacou Borges.
Imasul para o futuro
O Projeto de Aprimoramento Institucional visa combinar modernização tecnológica, integração das equipes, fortalecimento das áreas de excelência e valorização dos servidores, a proposta busca consolidar o órgão como referência nacional e internacional em gestão ambiental.O projeto reflete a visão do desenvolvimento sustentável integrando crescimento econômico, inclusão social e preservação ambiental.
Gustavo Escobar, Imasul