Brasília (07/12/2015) – Segundo dados anunciados na última terça-feira, 01/12, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil acumulou, entre janeiro e novembro de 2015, um superávit de US$ 13,4 bilhões em suas transações externas. No mesmo período do ano passado, a balança comercial do país registrava déficit de US$ 4,4 bilhões. O saldo positivo, no entanto, não ocorre em meio a um aumento nas vendas externas do Brasil, mas sim devido ao maior recuo nas importações.
Nos últimos onze meses, as exportações brasileiras chegaram a US$ 174,4 bilhões, 16,0% a menos que em 2014. Seguindo a mesma tendência, as importações caíram 24,1%, atingindo US$ 160,9 bilhões. Dessa forma, a queda nas exportações – causada, entre outros, por uma menor demanda chinesa por commodities e pela diminuição dos preços internacionais desses produtos – foi mais que compensada pela queda nas compras brasileiras de produtos estrangeiros.
As mercadorias vendidas pelo país tiveram como destino regiões que historicamente são grandes parceiras comerciais brasileiras. A China, principal parceiro comercial do país, importou nos últimos meses US$ 33,4 bilhões (19,2% do total exportado pelo Brasil). A lista de maiores compradores de produtos nacionais segue com União Europeia (US$ 31,1 bilhões, ou 17,9% do total), Estados Unidos (US$ 22,0 bilhões, 12,6%) e Argentina (US$ 11,9 bilhões, 6,8%).
A AGROPECUÁRIA SE DESTACA – Analisando os principais produtos exportados pelo Brasil no acumulado, é notável a importância do agronegócio. Os 16 principais produtos desse setor, cujos dados de comércio já foram disponibilizados pelo MDIC, trouxeram para o país US$ 65,6 bilhões em exportações, o equivalente a 37,6% do total exportado no período. No mesmo período de 2014, os US$ 73,4 bilhões arrecadados por esses mesmos produtos foram responsáveis por apenas 35,3% das exportações totais do país.
Dentre os produtos do agronegócio exportados pelo Brasil, saltam aos olhos os resultados dos produtos florestais. Nos últimos onze meses, as vendas internacionais de celulose atingiram US$ 5,1 bilhões, resultado 4,7% superior ao de 2014. Também cresceram as exportações de papéis e cartões (que chegaram a US$ 1,0 bilhão, crescimento de 3,4%) e madeira serrada (US$ 416 milhões, 9,2%). Assim, as exportações dessas três cadeias atingiram um total de US$ 6,5 bilhões, 3,7% do total de exportações brasileiras entre janeiro e novembro de 2015. Em geral, esses crescimentos são explicados pela desvalorização do real, que ampliou a competitividade do papel e da celulose nacionais. Além disso, uma menor demanda do setor brasileiro de construção civil levou produtores nacionais de madeiras em geral a procurar mercados externos para escoar sua produção.
CRESCIMENTO DO VALOR DE EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS FLORESTAIS
(janeiro a novembro de 2015)
Além desses produtos florestais, destacaram-se nos últimos meses as exportações brasileiras de soja em grãos, o produto mais exportado pelo país em 2015 (US$ 20,7 bilhões), carne de frango (US$ 5,7 bilhões), farelo de soja (US$ 5,4 bilhões), açúcar em bruto (US$ 5,3 bilhões) e café em grãos (US$ 5,1 bilhões). Quando somadas às crescentes exportações de produtos florestais, as vendas dessas cinco cadeias do agronegócio equivalem a 27,9% do total exportado pelo Brasil em 2015.
Dessa forma, é notável a força de diversas cadeias do agronegócio nas exportações brasileiras. Além de possuir o principal produto da pauta de exportações do Brasil, da agropecuária nacional contribuiu para o crescimento do saldo da balança comercial com diversas cadeias robustas e internacionalmente competitivas. Dentre essas cadeias, o setor de produtos florestais se destaca por seu crescimento continuado, que supera a tendência de diminuição das exportações nacionais e, assim, fortalece a economia brasileira.
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