Produtores rurais de Petrópolis, Região Serrana do Rio, estão utilizando métodos alternativos no combate às pragas, com o apoio do Programa Rio Rural. Os consultores do programa e técnicos da Emater-Rio, realizam ações de sensibilização e mobilização das comunidades rurais inseridas nas microbacias do município para estimular o uso de práticas de manejo agroecológico das lavouras. O resultado é a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis.
“Desde o início de 2015 técnicos da Emater-Rio auxiliam produtores da cidade. Utilizamos harmonicamente diferentes medidas de controle de pragas, visando obter resultados econômicos favoráveis ao agricultor e a preservação do meio ambiente”, explicou o extensionista rural André Azevedo.
(Foto: Divulgação/Rio Rural)
Em uma Unidade de Observação para Controle Biológico e Manejo Integrado de Pragas (MIP), montada no bairro Caxambu, é feito o trabalho de captura com armadilha, o monitoramento de pragas (insetos) e doenças, pulverização química supervisionada, uso de biofertilizantes, utilização de caldas sulfocálcicas e substituição de adubos.
Segundo André Azevedo, no local está sendo monitorado, principalmente, o Tripes que ataca, sobretudo no período de verão, inúmeras hortaliças. “A picada deste inseto pode facilitar a entrada de patógenos nas hortaliças, especialmente vírus. Podemos citar como exemplo a virose conhecida como vira-cabeça (virus do gênero Tospovirus)”, comentou.
Produtores elogiam os resultados
Iniciado nas microbacias do Caxambu e Bonfim, com algumas experiências também no Brejal, este trabalho auxilia os técnicos a conhecerem a população de possíveis vetores de doenças na lavoura e a desenhar um esquema de controle, sobre a melhor época, o produto mais adequado e a estratégia de aplicação mais eficiente.
“Além disso, podemos dimensionar e implantar técnicas alternativas aos cultivos convencionais, como escolha de cultivos mais resistentes, adoção de insumos e tratos culturais menos impactantes ao meio, entre outras ações”, explicou André Azevedo.
O agricultor e presidente da Associação de Produtores do Caxambu, Joaquim Sérgio Lage, é o único fruticultor da microbacia. Segundo ele, os resultados do monitoramento e controle biológico em seu sítio, iniciado há cerca de dois meses, e em produções de hortaliças da localidade já apresentam resultados positivos para todos.
“Há quase 30 anos eu não colhia pêssego aqui para comercialização, porque praticamente toda a produção era perdida com as pragas. Com este trabalho, acredito que em cinco anos, no máximo, estarei produzindo em grande escala para a venda. Os demais produtores que estão realizando o monitoramento e utilizado o controle biológico também estão empolgados com os resultados”, explicou o agricultor.
G1