A expectativa de aumentar a produção de leite em pleno inverno fez o produtor Cleber Teixeira investir na silagem de milho.
Com mais de dez anos na criação de animais da raça girolando, o pecuarista percebeu a necessidade de manter a qualidade da alimentação do rebanho e melhorar a produção em períodos de estiagem.
A fazenda de Cleber fica próxima a Campo Grande, onde o produtor cria 26 cabeças de gado leiteiro. Na propriedade, além do pasto rotacionado e irrigado, a silagem serve como complementação alimentar.
Hoje, a média é de 19 litros de leite diariamente por animal. Mas a estimativa é que, em agosto, a partir do investimento na silagem em fardo , o rebanho produza 1.500 litros por dia.
“A alimentação é complementada com silagem de milho duas vezes ao dia e ração seca, na proporção de 1 quilo a cada 4 quilos de leite produzido, com 18% de proteína bruta”, explica o pecuarista.
O produtor comenta que a escolha da silagem em fardo além da conservação da qualidade nutricional, foi também pela facilidade de armazenamento e transporte.
“Fizemos uma avaliação e constatamos que os resultados valem a pena, o investimento tem dado o retorno o esperado”, destaca o produtor Cleber.
O assessor econômico da Famasul, Luiz Eliezer Gama, afirma que no desafio entre preço e custo, o produtor rural precisa investir no aumento da produção de leite sem esquecer a oferta de comida ao rebanho. Com planejamento e cautela, a silagem é uma boa opção.
“Conforme o levantamento da Famasul sobre o custo de produção de silagem e confinamento do ano de 2014, é possível observar que houve alta nos custos das duas produções. Certamente, a silagem para o gado leiteiro é uma boa alternativa, especialmente a de milho. Como em todo investimento, o produtor deve estar atento a essa equiparação de custos e avaliar o custo-benefício para o seu rebanho”, pontua o economista da Famasul.
Salto Produções