O Brasil está atrás da Espanha e outros países Europeus em produção eólica
Enquanto países como a Espanha inovam na forma das turbinas eólicas, utilizando o conceito de vórtice para criar torres que não precisam de pás, mas são mais eficientes do ponto de vista ecológico e da densidade de torres, o Brasil engatinha com a energia eólica nos estados mais ousados ou cuja carência de água, inviabiliza a matriz de hidrelétricas e/ou petróleo. A energia eólica além de ser mais limpa, pois não polui e nem destrói vastas áreas de florestas, ao contrário da represa de Belo Monte no Norte ou da usina nuclear de Angra no Sudeste, pode ser utilizada em regiões distantes, diminuindo a necessidade de longas linhas de transmissão. Em outras palavras, a energia eólica permitiria que pequenas comunidades pudessem ter sua própria fonte de energia elétrica a um custo pequeno, não fossem as políticas públicas equivocadas do governo incentivando apenas grandes projetos.
Nenhuma corrente pode ser mais forte do que seu elo mais fraco
A energia gerada pelo vento poderia ser utilizada para diversos fins econômicos que levariam uma mudança no vetor de depressão econômica que o pais se encontra. O uso de pequenos aerogeradores poderia acionar bombas de distribuição de água em cidades pequenas, acumulando a água necessária em pequenos vales para uso da população, da produção agrícola familiar ou PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) na ausência do vento. A pequena potência desses aerogeradores seria suficiente para equipar governos de pequenas cidades com internet aberta para a população local, como o exemplo da cidade de Iacanga em SP, onde a prefeitura fornece um sinal de banda baixa gratuito para que os lojistas e estudantes possam acessar minimamente outras fontes de informação.
O custo de aerogeradores não ultrapassa R$6000,00 para um valor médio de geração 30kwh/mes, mas ainda depende da iniciativa privada e sem incentivos do governo, tais como isenção de ICMS e IPI para que os produtos fossem instalados em casas, escolas e instituições governamentais. A montagem poderia abastecer cidades com PIB/capita inferior a R$3.000,00 por ano em 2010, segundo levantamento do IBGE em 2010, tais como Curralinhos/PI, Timbiras/MA, Novo Triunfo/BA Bujaru/PA, entre os 30 municípios mais pobres dessa coleta de dados, cuja renda média por dia não ultrapassa R$10,00 para cada habitante, beneficiando mais de 600.000 pessoas, principalmente do interior do Pará e do Maranhão.
Poucas cidades brasileiras produzem muito
Claro que as comunidades não sabem dessa possibilidade ou já teriam exigido o uso de aerogeradores combinados com outras formas de geração de energia alternativa, tais como biomassa, PCHs e placas fotovoltaicas, garantindo informação e educação em zonas que poderiam produzir mais que os quase dois bilhões de reais de PIB naquele ano. A título de comparação, Gavião Peixoto/SP possui uma população de 4420 pessoas em 2010 e uma renda per capta de R$117.542,02, ou uma renda 40 vezes maior que o mais bem cotado entre os municípios da lista de 30.
Elo mais fraco fortalecido aumenta arrecadação
Assim, seria fortalecendo o elo mais fraco, nesse caso, os municípios mais pobres, que o país poderia obter um aumento de eficiência do dinheiro público, seja pela melhoria da economia diretamente na produção, seja pelo acesso a mais informação permitindo à população escolher novos rumos e maiores rendas per capitas.
Blasting News, Celso Socorro Oliveira