As perspectivas e potencialidades de Mato Grosso do Sul foram apresentadas pelo superintendente de Indústria, Comércio e Serviços da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Bruno Gouveia, durante o Seminário Internacional Mato Grosso do Sul e Japão – Conectando Novos Caminhos”. O evento aconteceu na tarde dessa sexta-feira (18), no auditório do Bioparque Pantanal, e contou com a presença do embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, do governador Reinaldo Azambuja, da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, do senador Nelsinho Trad, entre outras autoridades.
O embaixador foi o primeiro a falar e expressou confiança no estreitamento das relações entre Mato Grosso do Sul e o Japão, sobretudo na área cultural. Ele enfatizou, entretanto, que o Japão tem interesse de ampliar o comércio de produtos sul-mato-grossenses, em especial a soja. No entanto, o Japão quer adquirir soja comestível e não transgênica e nesse sentido, já articula negociações com produtores e organizações locais para fornecer o produto nessas condições.
Bruno Gouveia traçou um panorama do Estado, destacando as potencialidades, os avanços e as oportunidades. Citou que Mato Grosso do Sul se destaca em nível nacional em diversos quesitos, como na transparência, em investimentos per capita, na potencialidade de investimentos e no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). O Estado sedia o maior investimento privado do país nesse ano – a indústria de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo, o que coloca Mato Grosso do Sul na liderança mundial da produção de celulose.
O superintendente também destacou o crescimento da área ocupada com agricultura nos últimos 11 anos, passando de 1,8 milhões para 3,5 milhões de hectares, sem que isso tenha representado impacto nos remanescentes vegetais nativos. O crescimento se deu, segundo Gouveia, ocupando área degradada da pecuária. E a Agricultura ainda pode ter sua área ampliada em mais 4 milhões de hectares nessa mesma perspectiva, salientou.
Ao destacar os novos campos de investimentos que se abrem com a concretização da Rota Bioceânica – que coloca Mato Grosso do Sul como importante hub comercial de exportação e importação para os países asiáticos -, Gouveia afirmou que o governo do Estado prospectou um potencial de atração de investimentos na ordem de R$ 58 bilhões para os próximos anos, com a atração de mais 25 mil empregos diretos.