Campo Grande (MS) – Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) reuniram-se virtualmente, na tarde desta quinta-feira (6), com o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, e com o secretário adjunto Ricardo Senna.
Ângela Lúcia Bagnatori Sartori, Arnildo Pott, Edna Scremin Dias, Flávia Leme, Paulo Robson de Souza e Rosani do Carmo Arruda apresentaram os resultados do projeto de caracterização do chaco brasileiro, na região de Porto Murtinho.
A pesquisa que identificou espécies de fauna e flora, e espécies endêmicas que só existem nessa região e teve apoio financeiro da Fundect terá sua publicação lançada oficialmente nos próximos dias.
Segundo o Secretário Jaime, mesmo participando do Bioma Pantanal, o chaco possui características bastante peculiares. “Na visão dos pesquisadores seria o caso de criar um novo bioma no Brasil, considerando que ele existe na Argentina, no Paraguai, na Bolívia, e entende-se que ele é uma extensão desse chaco paraguaio no chaco brasileiro.” Explicou.
“Para surpresa nossa também já existe todo um trabalho de sinalização na área de bioeconomia, tanto na utilização mercadológica, principalmente do carandazal, como numa linha de fármacos que poderiam ser utilizados pra desenvolvimento da bioeconomia naquela região”. Destacou Jaime.
O Secretário comentou ainda que está foi uma primeira reunião de encaminhamento, de conhecimento dos resultados dos estudos, para preparação do lançamento oficial do documento e que a pretende soltar um edital especifico para pesquisa no chaco brasileiro. “Entendendo que temos que ter um tratamento diferenciado em relação a essa região”.
Conforme explicou o Secretário Adjunto, Ricardo Senna, a pesquisa servirá para auxiliar na formulação das politicas publicas ambientais. “Esse grupo defende a revisão do mapa de biomas, inserindo o chaco como mais um bioma brasileiro,
Senna comentou ainda que a partir desse encontro é possível que se caminhe para a construção de uma agenda ambiental da Rota Bioceânica, por esse chaco brasileiro ser predominantemente localizado na região de Porto Murtinho. “ Esse trabalho cria algumas oportunidades para que possamos trabalhar as plantas nativas, a bioeconomia e para que possamos trabalhar ainda melhor na formulação de uma Lei do Pantanal”.
“Com tema rico e bastante abrangente a pesquisa será lançada e publicada oficialmente nos próximos dias e temos a certeza que os resultados terão desdobramentos muito positivos e enriquecedores.” Finalizou Ricardo.
Kelly Ventorim, Assessoria da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro)