Peixe barrigudinho
Peixe barrigudinho – principal objetivo é o controle biológico por meio do uso de peixes que se alimentam de larvas de mosquitos transmissores de doenças
O projeto Dengoso, como é conhecido, é uma ação de cidadania iniciada em 2002 no município de Uberlândia – MG, trazida para Parnaíba – PI, em 2010, pelas mãos do pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Luiz Carlos Guilherme. No Piauí a tecnologia foi disponibilizada para o Centro de Controle de Zoonoses de Parnaíba e desde então faz parte das ações de combate à dengue no Município. Seu principal objetivo é o controle biológico por meio do uso de peixes que se alimentam de larvas de mosquitos transmissores de doenças.
O peixe lebiste, também conhecido como barrigudinho ou guppy, utilizado no projeto, é eficiente para controlar o desenvolvimento de larvas de mosquitos em diversos ambientes. Vários municípios como Uberlândia – MG, Parnaíba – PI, Campo Maior – PI, Tobias Barreto – SE já adotaram a ideia. Com a utilização do peixe, busca-se reduzir o número de focos de dengue. As larvas são um alimento de alta qualidade para os peixes.
O uso do barrigudinho neste tipo de controle apresentou não só reflexos de ordem econômica, mas também foi relevante a contribuição em relação à proteção ambiental, evitando a aplicação de 27 toneladas do veneno Abate, que por suas características químicas tem efeito cumulativo e mutagênico nos organismos vivos.
Visando a ampliação dessa ação social, a Embrapa Meio-Norte apresentou em 2016, à Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi) e à Prefeitura de Parnaíba propostas ampliadas do projeto anterior, desta vez prevento a utilização do Projeto Dengoso aliado ao Sisteminha Embrapa, uma tecnologia voltada para o combate à fome por meio da criação de peixes e consequente uso da água e resíduos dos tanques na produção de alimentos e criação de pequenos animais.
A nova proposta tem como objetivo principal unir as duas tecnologias a uma terceira atividade que é realizada na periferia do município Parnaíba, a horticultura. Portanto, visa controlar a proliferação de larvas de mosquitos e integrar a produção de peixes, aves e pequenos animais, conforme a demanda do público alvo, às hortas já instaladas no entorno de Parnaíba.
Com esse trabalho os agentes epidemiológicos terão maior eficiência no trabalho de controle da proliferação das larvas do 10mosquito no meio rural e periurbano, já que contarão com a colaboração dos agricultores criando os peixes nesses sistemas produtivos.
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