Campo Grande (MS) – A exportação de produtos industrializados representa 40% da balança comercial do Mato Grosso do Sul e apesar do crescimento de 10% nos últimos cinco anos ainda há margem para expansão. É pensando nesse mercado que o Governo do Estado lançou nesta quinta-feira (14), o Plano Estadual da Cultura Exportadora.
A ação é um alinhamento ao Plano Nacional desenvolvido pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Em Mato Grosso do Sul as ações são coordenadas pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
Representando o MDIC, o coordenador do Programa Nacional Victor Maselli falou que a ação foi reformulada para alcançar aos estados e realmente atingir os empresários. Para isso, será formado um comitê estadual com representantes do setor produtivo.
“A gente vê que traz muitos benefícios formar um comitê com as entidades que atuam em comércio exterior, para que juntas, elas possam traçar estratégias de forma organizada. É um trabalho de governança para que todos possam pensar juntos para desenvolver o setor em cada Estado”, afirmou o representante do Ministério que explicou as regras do programa.
Representando a Semagro, o secretário adjunto Ricardo Senna, destaca que o Exporta/MS está sendo lançado em um momento estratégico e vai induzir o setor empresarial a buscar o mercado externo como alternativa para o aumento da sua competitividade com apoio do Governo e setor produtivo.
“O desafio não é só baseado na questão do preço, esse conjunto de ações vai mostrar aos empresários vários itens, como se preparar, quais as exigências dos mercados exteriores, eliminar burocracias, além de atuar na melhora da questão logística. É um conjunto de ações que nós queremos estimular o aumento das exportações e também buscar a diversificação da pauta exportadora”, destacou o secretário adjunto que vai presidir o Comitê.
Entre as vantagens de se tornar uma empresa exportadora está o melhor desempenho diante das dificuldades. “Em tempos de crise brasileira identificamos que as empresas que já inseriram as exportações há mais tempo estão mais seguras. Queremos mostrar que se o empresário colocar a exportação como estratégia, além de melhorar seu produtos, ele tem uma saída para momentos de crise”, destaca Victor Maselli.
O secretário Jaime Verruck explica que o Brasil ainda é iminentemente exportador, com muitas barreiras para importação e, sob o ponto de vista estratégico, precisa a pensar em longo prazo. “Brasil precisa se reposicionar buscando mercado com o que queremos vender e não com o que os outros querem comprar e isso inclui vários desafios que começamos a caminhar agora”.
Além da Semagro, formam o comitê representantes da Fiems (Federação das Indústrias de MS), Sebrae, UFMS, Infraero, Sefaz, Banco do Brasil, UEMS, Receita Federal e Famasul.
Representando a Fiems, o superintendente do IEL, José Fernando do Amaral, destacou a importância do fomento à exportação, principalmente em momentos de crise. “O PNCE é de extrema relevância para alavancar as exportações, que são uma alternativa para as empresas em momento de crise. É uma ação que com certeza irá refletir diretamente nas ações do CIN, trazendo novos negócios e desenvolvendo a indústria do Estado”, declarou.
Fotos: João Garrigó