A Consumers International, organização que congrega 240 entidades de defesa do consumidor em 120 países, enviou cartas às redes de restaurante McDonald’s, Subway e KFC na quarta-feira (18) pedindo que parem de servir carnes de animais criados com antibióticos usados na medicina humana.
A campanha foi lançada durante a Semana Mundial de Conscientização da Resistência aos Antibióticos, evento organizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), informou a Consumers International em nota em seu website.
Nas cartas enviadas às redes de restaurantes, a Consumers International pede às empresas que apresentem planos de ação para eliminar gradativamente o uso de antibióticos usados na medicida humana em sua cadeia de fornecimento. A entidade pediu que as empresas respondam até o dia 23 de dezembro.
A Consumers International alerta para o aumento da resistência a antibióticos nos seres humanos para tratamento de doenças, diante do seu uso excessivo na agricultura.
Segundo a Consumers International, metade dos antibióticos produzidos globalmente é usada na agricultura, em grande parte para promover o crescimento mais rápido dos animais e para prevenir doenças. A entidade disse que o uso de antibióticos na agricultura deverá passar de 63,2 mil toneladas em 2010 para 105,6 mil toneladas em 2030.
“Redes de restaurantes globais estão em condições de utilizar seu poder de compra enorme para ter um impacto real sobre o uso de antibióticos na produção de alimentos, para definir a agenda para outras empresas e para promover a sensibilização do público para esta crise iminente”, disse a diretora-geral da Consumers International, Amanda Long, durante congresso da entidade que está sendo realizado em Brasília nesta semana.
O McDonald’s já havia informado em março que deixaria que servir gradualmente carne de frango criado com antibióticos utilizados na medicina humana em seus cardápios nos Estados Unidos.
No fim de outubro, o Subway nos Estados Unidos informou que iniciaria um processo de transição para passar a servir apenas produtos com frango criados sem antibióticos em seus cardápios no país ao final de 2016. A empresa informou que pretende ainda eliminar antibióticos completamente da carne de peru em 2 a 3 anos, e das carnes suína e bovina até 2025.
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