A autorização para início da construção da ponte sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (PY) é um momento histórico e um marco para o desenvolvimento do Mato Grosso do Sul. A obra é o símbolo da implantação da Rota Bioceânica, que vai encurtar o caminho de Mato Grosso do Sul e países da América do Sul com oceano pacífico, com expectativa de aumentar as exportações com redução de custos e produtos mais competitivo ao mercado asiático.
“A ponte sobre o Rio Paraguai e a Rota Bioceânica vão trazer desenvolvimento para todo Estado. “É uma integração por meio de um corredor, que além da parte comercial, nos preocupamos para que a população se aproprie deste desenvolvimento”, comenta o secretário Jaime Verruck da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), que participou nesta segunda-feira (13) da cerimônia de lançamento das obras da ponte, em Carmelo Peralta, no Paraguai.
O titular da Semagro reforça que a obra significa a integração dos oceanos Atlântico e Pacífico através de um corredor logístico de extrema importância, além de significar o desenvolvimento de toda a região. “Um dos pontos que a gente sempre cuidou é garantir o desenvolvimento de toda esta região. Este é o trabalho que está sendo desenvolvido, que Porto Murtinho e a as cidades paraguaias se apropriem também deste desenvolvimento”, completou.
A ponte sobre o Rio Paraguai terá um custo de US$ 102,6 milhões (aproximadamente R$ 575,5 milhões de reais) e será construída pela Itaipu Binacional. As empresas que ganharam a licitação para execução da obra terão 1.080 dias (36 meses) para concluir o empreendimento, que é essencial para Rota Bioceânica.
A estrutura vai dispor de 1294 metros de extensão total, com duas pistas de rolagem de veículos de passeio e caminhões, com 12,5 metros de largura, e duas passagens nas laterais, com 2,5 metros cada uma, para o trânsito de pedestres e ciclistas.
O engenheiro e assessor especial da Itaipu, Panfilo Benitez Estigarriba, afirmou que a obra é muito importante para o Brasil e Paraguai. “São 1300 metros de extensão de ponte, com ciclovia e até estrutura especial anti-suicídio, com 22 metros sobre o Rio Paraguai, que não vai atrapalhar a navegação e trará progresso a todos”.
João Carlos Parkinson, coordenador nacional dos Corredores Rodoviário e Ferroviário Bioceanicos da Secretaria de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas, lembrou que este momento foi o resultado de muito trabalho, que passaram por dificuldades e que agora é uma realidade. “Finalmente se rompe com o isolamento e assim oferece melhores condições a toda região. Início de uma nova era, que vai exigir preparação e qualificação da mão de obra local, para atender as demandas deste mercado de trabalho”. O presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa, descreveu o ato como histórico, pois se trata de uma obra que vai juntar Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. “Esta rota vai possibilitar uma melhor comercialização dos nossos produtos. Muito feliz em participar deste evento e fazer parte desta história”.
Com informações de Leonardo Rocha, Subcom
Fotos: Saul Schramm/Chico Ribeiro/Governo do Paraguai