Além de mais resistentes a pragas e a doenças, novos cultivares têm elevada produtividade, raízes com maior teor de carotenoides e menos ácido cianídrico (HCN)
O programa de melhoramento genético da mandioca da Embrapa Cerrados disponibiliza aos produtores seis novos cultivares da raiz: três de coloração amarela (BRS 396, BRS 397 e BRS 399), uma creme (BRS 398) e duas, rosada (BRS 400 e BRS 401). Entre outras características, as mandiocas apresentam elevada produtividade, raízes com baixo teor de ácido cianídrico (HCN), mais carotenoides e maior resistência às principais pragas e doenças.
Outra vantagem é a precocidade. De acordo com o pesquisador Eduardo Alano, essas variedades devem ser colhidas entre dez e 12 meses após o plantio, enquanto as tradicionais precisam de 11 a 14 meses para estar prontas. Para ampliar o cultivo em todo território nacional, a Embrapa abre uma oferta pública para licenciar viveiristas interessados em comercializar suas cultivares.
Os trabalhos de pesquisa foram conduzidos pela Embrapa Cerrados e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF), em parceria com a Emater-DF, Fundação Banco do Brasil e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os clones de mandioca gerados e selecionados foram avaliados conjuntamente com agricultores e extensionistas, em um trabalho de seleção participativa.