A reativação da planta da antiga Soceppar, que processará soja em Bataguassu vai representar um novo momento para o desenvolvimento da região. A indústria estava paralisada há quase 12 anos e recebeu incentivos fiscais do Governo do Estado para retomar operações. O termo foi assinado na manhã de terça-feira (22) em cerimônia que contou com a presença do secretário de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Paulo Corrêa, o prefeito de Bataguassu Akira Otsubo, além de empresários do grupo e vereadores.
O secretário assinou um termo de concessão de incentivos fiscais para a empresa Aliança Agrícola do Cerrado, pertencente ao grupo Sodrugestvo.
O investimento na unidade de esmagamento de soja é de quase R$ 20 milhões, com oferta de 100 vagas de emprego e com uma estimativa anual de produzir 375 mil toneladas de farelo de soja, 100 mil toneladas de óleo degomado e 15 mil toneladas de casca de soja.
“Nós estamos trazendo pra cá uma empresa global que atende ao planejamento de desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. Quantos entramos os principais caminhos definidos pelo Governo para o crescimento da economia foram: diversificação da base produtiva, aumento da produção, atração de novas indústrias e agregação de valor com transformação das nossas matérias-primas. E tudo isso aconteceu”, salientou o secretário na solenidade.
Verruck enfatizou a importância do aumento na produtividade da soja para sustentar empreendimentos deste porte na região. “Em 2015 o Estado produzia em 2,3 milhões de hectares de agricultura. Nós vamos entregar o estado com 4 milhões de hectares cultivados. Esta era uma das nossas propostas. Temos soja em Santa Rita, Bataguassu e outras tantas regiões. Hoje somos uma referência nacional, mas vamos precisar do talento dos produtores para garantirmos ainda maior crescimento do Estado em produção com tecnologia”, acrescentou.
O titular da Semagro voltou a afirmar que uma das metas do Governo é estimular a exportação. “Mato Grosso do Sul em fevereiro exportou um bilhão de dólares em produtos. Foi o recorde de de exportação do Estado e a Aliança aparece exatamente agora para investir neste segmento”, pontuou.
O presidente da Assembleia, deputado estadual Paulo Corrêa destacou a amplitude do empreendimento. “É uma empresa das grandes, das boas. Tem entrada no mundo inteiro, e agora chega ao Estado. Quero cumprimentar toda a diretoria e dizer que estamos de braços abertos, não somente para este primeiro movimento. Se aumentar o tamanho, aumenta o incentivo”, afirmou.
O deputado ainda comentou a necessidade de agregar valor aos produtos. “A agregação de valor é pegar e transformar em farelo, em óleo. Fazer tudo que podemos aqui, porque senão vamos apenas exportando. É bacana exportar. Mas, vejo o grão caindo naquela barcaça no rio Paraguai, e fico pensando, será que não dava para agregar valor? Então o prefeito Akira foi na linha certa. Defendeu o empreendimento e junto com o melhor secretário foi feita essa parceria. A Assembleia Legislativa está de braços abertos para apoiar a iniciativa”, complementou.
Modernização
A fábrica, segundo o secretário será totalmente modernizada. “”Nós temos um grupo sólido que assumiu o compromisso com a prefeitura. Esse é um compromisso com o Governo de reativação e investimento. Da forma como a unidade estava, não tinha mais como fazer o processamento de soja. O grupo está investindo praticamente R$ 20 milhões para restabelecer esta capacidade. Vão gerar aqui empregos diretos no município e atingir o nosso objetivo, que é criar oportunidades de trabalho e agregar valor as matérias-primas”, afirmou.
O secretário ainda exaltou a parceria do Governo do Estado para atração do empreendimento, que contou com apoio da Assembleia Legislativa de MS, a prefeitura municipal e os vereadores. “A ideia é trazer prosperidade ao Estado e acho que nós estamos fazendo isso hoje. Eu fico muito feliz em consolidar um projeto conjunto. Não se faz desenvolvimento sozinho, nós precisamos do poder público, mas precisamos dos empresários. São eles que estão colocando o seu capital aqui e acreditando no nosso Estado”, concluiu.
Rosana Siqueira da Semagro
Fotos: Tiago Apolinário/Da Hora Bataguassu