A lavoura de arroz irrigado é a que usa mais água
A questão do uso da água, que está por receber novas normas dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, em 2016, preocupa intensamente os produtores rurais, que preveem novos obstáculos à utilização dos rios, lagos e barragens e até uma provável taxação. O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, disse ontem, durante o encontro de fim de ano com a imprensa, que a entidade acompanha a questão com preocupação. Orizicultores que estavam presentes no encontro disseram que a lavoura de arroz do Rio Grande do Sul, totalmente irrigada, já não consegue adquirir os equipamentos de medição de vazão que começam a ser exigidos, cujos custos somam-se ao da energia elétrica, que aumentou 104% em um ano. Com a retirada da bandeira vermelha sobre as contas da aquicultura e irrigantes rurais, assinada pela presidente Dilma Rousseff, esperam respirar, mas ainda não fizeram as contas sobre o reflexo da medida.
Maior recessão desde 1930
A sucessão de erros do governo na condução da política econômica vai gerar o maior período recessivo enfrentado pelo Brasil, superando, inclusive, o ocorrido no início da década de 1930. A avaliação foi feita pelo presidente do Sindicato das Indústrias Metalmecânicas e Eletroeletrônicas-RS, Gilberto Porcello Petry, durante encontro de confraternização de final de ano dos dirigentes e colaboradores da entidade. Destacou que a situação da indústria se deteriorou de forma intensa, com queda esperada de 7% no País e de 9,1% no Rio Grande do Sul. Apresentou uma série de números alarmantes sobre a retração no desempenho da atividade industrial gaúcha no segmento metalmecânico: menos 31,8% na produção de veículos automotores, menos 26% em máquinas e equipamentos, menos 12,2% na fabricação de produtos de metal e menos 11,2% na metalurgia. Foram desempregados 11.505 trabalhadores em Gravataí, Canoas, Charqueadas, Rio Grande e Porto Alegre, sem considerar o desemprego no importante polo metalmecânico de Caxias do Sul e Serra Gaúcha.
ICMS
Com a Emenda Constitucional nº 87/2015, os contribuintes devem ficar atentos porque ela produzirá efeitos já a partir de 1 de janeiro de 2016. Trará alterações no recolhimento de ICMS nas operações interestaduais de venda de mercadorias ou prestações de serviços para consumidores finais não contribuintes do imposto, alerta o especialista em direito tributário, Felipe Grando.
RGE
A RGE iniciou a regularização de 112 entradas de energia elétrica no loteamento Chico Mendes, em Cachoeirinha. Parte dos moradores beneficiados é de famílias prejudicadas pelas enchentes que atingiram o município em setembro e outubro deste ano.
Só falta o Uruguai
Para o ex-presidente uruguaio Jorge Batlle, depois da vitória da oposição, na Venezuela e na Argentina, e da “tremenda e histórica ação da Justiça no Brasil”, só falta o Uruguai “retornar à liberdade”. Ele publicou o comentário em sua conta no Facebook. Garantiu que Equador e Bolívia também se aproximam de mudanças. Culpou o populismo em anos de facilidades econômicas pela “destruição da vida social e econômica, inflação, atraso, isolamento, péssima educação, insegurança, corrupção e tentativas de controlar a Justiça”.
Mais benefício
As indústrias que usaram o PSI para compra de máquinas e equipamentos, empréstimos subsidiados pelo governo federal, querem mais benefícios. Estão atrasando o pagamento das prestações, por conta da crise, e querem que o Bndes as deixe 12 meses pagando só os juros sem amortizar a dívida. O pedido está sobre as mesas dos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Armando Monteiro (Desenvolvimento).
Jornal do Comércio