Campo Grande (MS) – Durante o encontro do Comitê do Grupo Gestor para elaboração do Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC) de Mato Grosso do Sul, que foi realizado em Campo Grande no inicio do mês, o assessor de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Edson J. Leite, fez questão de destacar o diferencial do trabalho do grupo formado no Estado.
Edson comentou que, diferente do que encontrou em outros Estados, em Mato Grosso do Sul já existem varias ações sendo realizadas buscando a mitigação e adaptação às mudanças climáticas para a consolidação de uma economia de baixa emissão de carbono. “Isso é um ponto muito positivo”, disse.
Para a próxima fase do trabalho, Edson acredita que o grupo deve concluir a quantificação dessas ações para somar ao que foi produzido neste encontro e então finalizar o planejamento que deve prever as ações para os próximos cinco anos.
O representante do Mapa destacou ainda a sintonia do grupo e a dinâmica do trabalho que vinha sendo realizado e comentou que com a formatação do plano – que deve acontecer em breve. O Estado, então, terá condições de buscar recursos junto ao Governo Federal para realização de programas e projetos que vão de encontro aos acordos firmados na Cop 21, quando gestores de 195 países levaram suas propostas para a redução dos gases de efeito estufa no planeta.
Em consonância, e quase que em tempo real com as decisões tomadas durante a Conferência do Clima (Cop 21), realizada em Paris no mesmo período, o grupo desenvolveu com grande celeridade o trabalho. Para secretário executivo do grupo, engenheiro agrônomo Rafael Geraldo de Oliveira Alves, da Secretaria de Estado da Produção e Agricultura Familiar, considerando que a maior parte das propostas levadas pelo Brasil no encontro foram voltadas para o setor da agropecuária, a região Centro Oeste é uma das que mais contribuirão para o seu cumprimento e o trabalho neste sentido já esta bastante avançado. “Em Mato Grosso do Sul já evoluímos muito nas principais tecnologias preconizadas pelo Plano, como a recuperação de pastagens degradadas, Integração Lavoura/Pecuária/Floresta e ampliação das florestas plantadas”.
Durante a reunião do grupo, que aconteceu numa das salas do Sebrae, 18 entidades estiveram representadas, tendo a especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Neusa Zimermann, como moderadora dos trabalhos.
As contribuições captadas durante os debates foram recolhidas por Neusa que deve, após formatá-las, repassar aos membros do grupo para que estes possam se debruçar e entrar na fase de detalhamento antes da próxima reunião.