Em reunião com a superintendente da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste), Rose Modesto, nessa terça-feira (13), em Brasília, o governador Eduardo Riedel e o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, discutiram mudanças nas regras e a possibilidade de ampliar o limite de recursos disponibilizados ao Estado para financiamentos. O governador Eduardo Riedel classificou a visita como “institucional”, sendo a primeira reunião após a nova superintendente assumir o cargo, e lembrou que, sendo ela de Mato Grosso do Sul, “iremos trabalhar juntos para potencializar o eixo de desenvolvimento do Estado”.
Já o secretário Jaime Verruck destacou pontos que considerou importantes na pauta de discussão com Rose Modesto, como melhorias nas regras de contratação para tornar ainda mais atrativos os financiamentos pela modalidade FCO Empresarial. O FCO é o Fundo Constitucional do Centro-Oeste que disponibiliza linhas de financiamento para as áreas Rural e Empresarial. Na área Empresarial, o FCO financia projetos nas atividades de Comércio, Serviços, Indústrias e outras ligadas à área urbana. As taxas de juros desses financiamentos melhoraram bastante nesse ano, porém ainda são maiores que as definidas para o FCO Rural, que tem alíquota fixa.
“Estamos pleiteando que sejam equalizadas as taxas de juros das duas linhas de financiamento, a Rural e a Empresarial”, disse Verruck. A Sudeco disponibilizou R$ 2,2 bilhões para financiamentos pelo FCO para Mato Grosso do Sul, sendo R$ 1,1 bilhão para o FCO Rural e R$ 1,1 bilhão para o Empresarial. Até junho, já haviam sido aprovados financiamentos no valor de R$ 806 milhões na linha do FCO Rural, enquanto na Empresarial o valor está bem abaixo: R$ 224 milhões. As taxas do FCO Rural variam de 7,22% a 11,11% e no FCO Empresarial as alíquotas variam de 9,23% a 16,43%, dependendo da localidade e do porte do empreendimento e o contratante pode ter bônus por adimplência em ambas as linhas.
Outro pleito de Mato Grosso do Sul é a ampliação do limite de recursos do FDCO (Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste), que é destinado a fomentar projetos de infraestrutura e serviços públicos, também com taxas diferenciadas e prazo longo para pagamento. Nesse ano, foram disponibilizados para todos os Estados da Região Centro-Oeste, R$ 687 milhões pelo FDCO e para o próximo ano, já há uma sinalização do Ministério do Planejamento de ampliar esse volume para algo em torno de R$ 2 bilhões, afirmou o secretário.
O FDCO financia projetos estruturantes em setores tradicionais, como indústria de transformação, recuperação de áreas degradadas, agroindústria, agropecuária, apicultura, suinocultura e avicultura; setor de infraestrutura como transporte, abastecimento de água e esgotamento sanitário, telecomunicações; no setor de Serviços como turismo, serviços hospitalares e em projetos que envolvam ou utilizem tecnologias inovadoras e contribuam para a geração e difusão de novas tecnologias nas áreas de biotecnologia, nanotecnologia, biocombustíveis, entre outros.
A superintendente da Sudeco, Rose Modesto, afirmou que no próximo mês deve fazer uma visita a Mato Grosso do Sul para discutir medidas de interesse dos empreendedores locais no âmbito das políticas de desenvolvimento da Superintendência. A ideia, segundo Verruck, é realizar reuniões regionais em cada Estado e ouvir as prioridades para elaborar o plano de ação da Sudeco, que está sediada em Brasília e atua em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Além do governador e de Verruck, participaram da agenda o secretário Eduardo Rocha (Casa Civil) e a procuradora-geral do Estado, Ana Ali Garcia.
Fotos: Guilherme Pimentel/Secom