Abramilho diz que 70% da produção voltada para a exportação neste ano já está vendida. Em 2015, o produto foi um dos poucos da cesta brasileira a ter crescimento no valor exportado, que considera tanto a quantidade quanto o preço
Outro aspecto que também garante boas vendas para o milho produzido é a pecuária. Paolinelli informa que a commodity é usada na criação de gado, porco e frango, cujas carnes são consideradas proteínas nobres. Para produzir a ração que alimenta os animais, é preciso uma proporção de 70% de milho e 30% de soja, explicou Paolinelli, que foi ministro da Agricultura durante o governo militar. As carnes também estão tendo grande destaque na pauta de exportação brasileira com a abertura de novos mercados compradores, além de terem espaço importante no mercado interno consumidor.
Maizall
Nos últimos anos, o Brasil mudou de posição em relação ao milho em grãos, o que ajudou a incrementar os resultados do comércio exterior. Passou de comprador para exportador de milho e hoje, ao lado de Estados Unidos e Argentina, é responsável pelo abastecimento de mais de 70% do mercado mundial da mercadoria. Juntos os três países formam a Maizall, associação criada em 2013, que reúne as principais associações de produtores de milho dos três países e que objetiva conquistar novos mercados.
Neste ano, a Maizall terá missões para apresentar o milho transgênico e aumentar a oferta na África, Europa e América do Sul. Ainda este mês, haverá um encontro em Punta del Leste, no Uruguai com esse objetivo. A entidade estima que o consumo do produto crescerá em torno de 350 milhões de toneladas, até 2050, por conta do crescimento da população.
Quanto à produção, o presidente da Abramilho acredita em aumento neste ano, mas adverte que dependerá das condições climáticas, uma vez que há pouco investimento em irrigação no país e o milho é uma commodity que precisa de água para crescer.
Fato On line