Campo Grande (MS) – O governo Federal, por meio do Conselho Monetário Nacional (CMN), mantendo a linha de aumento da taxa de juros da economia, aumentou também os juros para o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) Rural.
O aumento dos encargos financeiros e o bônus de adimplência das operações rurais realizadas com recursos do FCO para o setor rural tem um impacto significativo, conforme explica o presidente do Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (Ceif/FCO) e secretário da Semade, Jaime Verruck. “Este aumento tem um impacto significativo. Mostra que o governo Federal continua adotando a política de elevação de juros das operações financeiras, de forma a inibir a expansão de novos investimentos elevando os custos das operações. Com certeza o aumento dos juros para o FCO Rural criará um desestímulo aos investimentos” destacou o presidente do Conselho Estadual do FCO.
O presidente do Ceif/FCO afirma que mesmo com o aumento de juros, o FCO rural ainda é a melhor opção. “Entretanto, tivemos uma pressão de demanda nos mês de junho na qual empresários rurais buscaram antecipar seus investimentos para usufruir das taxas menores, vigentes até 30 de junho. Mesmo com este aumento, acreditamos na elevação substancial para os empresários rurais destas operações, uma vez que ainda continuam sendo atrativas frente às outras opções do mercado financeiro.” destacou Jaime.
Conforme a Resolução é a número 4.423 de 25 de junho de 2015, essa medida vale para o período de 1º de julho de 2015 a 30 de junho de 2016. Pela regra, o bônus de adimplência fica mantido em 15%. Os juros dos investimentos empresariais foram mantidos.
Para investimentos, inclusive com custeio ou capital de giro associado, foram aprovadas três faixas. A primeira, para empreendimentos com receita bruta anual de até R$ 16 milhões, para mini, pequeno e pequeno-médio, o juros passaram de 5,30 para 7,65%. Para os que têm receita entre R$ 16 milhões e R$ 90 milhões, que são os empresários de médio porte, os juros passaram de 5,30% para 8,53% e os empreendimentos rurais de grande porte, o juros eram de 7,06% e passaram para 10,00%.
Para as atividades incentivadas, grupo que engloba operações florestais destinadas ao financiamento de projetos de conservação e proteção do meio ambiente, recuperação de áreas degradadas ou alteradas, recuperação de vegetação nativa e desenvolvimento de atividades sustentáveis, para os mini, pequeno, pequeno-médio, médio e grande porte, a taxa integral praticamente dobrou, passando de 4,71% para 8,53%.
Para custeio e capital de giro também foram criadas as mesmas três faixas. Com receita de até R$ 16 milhões, taxa integral de 8,82% e taxa com bônus de 7,50%; para receita de R$ 16 milhões a R$ 90 milhões, taxa integral de 10,29% e taxa com bônus de 8,75%. Para os que têm receita acima de R$ 90 milhões, taxa integral de 12,35% e taxa com bônus de 10,50%.
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