Campo Grande (MS) – Apesar da segunda onda da pandemia Covid-19, a economia sul-mato-grossense demonstra resiliência e tem dado sinais de superação no tocante à geração de empregos. Dados do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged), órgão vinculado ao Ministério da Economia, divulgados hoje (28), mostram que em março foram gerados 5.152 novos empregos no Estado, o que eleva para mais de 5 mil novas vagas no primeiro trimestre de 2021. Foram 3.666 em janeiro e 7.032 em fevereiro. O saldo desses três primeiros meses de 2021 é mais que o dobro do total apurado no primeiro trimestre de 2020, quando foram criados 7.548 novos empregos.
“Num período de pandemia, com todas as dificuldades advindas, nós temos muito a comemorar. No mês de março foram criados 5.152 novos empregos. Ou seja, mais de 5 mil pessoas que estavam desempregadas passaram a ter seus empregos formais. Isso é uma notícia extremamente positiva”, observou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck.
Os setores que mais geraram novos empregos formais foram: Serviços (2.555 vagas), Comércio (958) e Agropecuária (798). Os serviços que tiveram altas no mês de março de 2021 foram: Transportes (673), Saúde (466) e Educação (374). O Comércio também vem apresentando ótimo desempenho. No acumulado dos últimos 12 meses gerou 8.059 vagas a mais. Nesse período, Mato Grosso do Sul apresentou uma criação de 23.929 empregos formais.
A indústria de transformação também se destaca com 561 vagas a mais em março, enquanto em outro subsetor (Construção Civil) foram geradas 267 novas vagas. No acumulado dos últimos 12 meses, a Indústria apresenta uma criação de 6.041 novas vagas.
“Quando a gente olha os setores de atividades econômicas, temos aí os Serviços como principal gerador de empregos, fruto da transformação e adaptação que as micro e pequenas empresas estão fazendo para que consigam sobreviver. E com isso conseguiram gerar metade dos empregos do mês de março em Mato Grosso do Sul. É importante destacar essa diversidade da economia na geração de empregos”, comentou Verruck.
Na distribuição regional dessas vagas, o município de Campo Grande apresentou melhor resultado com geração de 5.224 novos empregos formais, seguido de Dourados (1.388), Três Lagoas (957) e Chapadão do Sul (764). “Praticamente todos os municípios tiveram saldo positivo de empregos no período”, observa o secretário.
A retomada da economia tem sido uma preocupação constante do governo do Estado, segundo aponta Verruck, elencando algumas medidas adotadas. “Acesso a crédito, o governo tem estabelecido novas medidas de postergação de impostos, buscando mecanismos de prorrogação de financiamentos, linhas novas de microcrédito – estamos finalizando uma lei nesse sentido -, e o foco da retomada tem que ser em cima do turismo, de bares e restaurantes, mas para isso precisamos de vacina e de mobilidade. Por isso há um grande esforço do poder público estadual, municipal e do setor privado para que a gente consiga acelerar o processo de vacinação e retornar às atividades normais.”
O secretário finaliza afirmando não ter dúvidas de que, ainda neste ano, o Estado experimentará um forte crescimento no setor Agropecuário. “Acabamos de registrar recordes de produção e de produtividade da soja, os financiamentos do FCO avançam rapidamente, muita gente investindo. Então eu acredito que nesse ano, todo crescimento econômico de Mato Grosso do Sul será oriundo do setor privado, tem uma série de investimentos a serem anunciados, o que fará com que o Estado termine o ano entre os cinco maiores geradores de empregos formais no país”.