Corumbá (MS) – Aconteceu nesta terça-feira (15) das 14 às 16 horas, o Painel: Indicação Geográfica do Mel do Pantanal – Oportunidades, que reuniu Semade, Agraer, Sepaf, Embrapa e Núcleo de APL em torno da capacitação de produtores no Sesc Pantanal. Em março de 2015, o Mel do Pantanal recebeu a certificação de Indicação Geográfica (IG) emitido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) – o que possibilita a distribuição de um produto com alto valor agregado, através do selo comercializado tanto no mercado interno quanto no exterior.
De acordo com o secretário-adjunto da Semade, Ricardo Senna, trata-se da junção entre produção sustentável e conservação do Bioma Pantanal. “O Mel Pantaneiro, o turismo da região do Pantanal, a questão do meio ambiente e da sustentabilidade são fatores que dão o diferencial desta Rota para as demais edições”, avaliou.
Painel – Vanderlei Reis, pesquisador da Embrapa Pantanal, foi um dos orientadores do Painel. Para o pesquisador, o público que participou da capacitação dividiu-se em dois segmentos: produtores já estabelecidos e outros que tiveram interesse na produção do Mel do Pantanal. “Como os participantes fazem parte do perfil de agricultores familiares, muitos produzem, além do mel, leite, horticultura, queijos e outros insumos”, explicou.
Para Vanderlei Reis, trata-se de um evento muito interessante porque possibilita mostrar ao público que o projeto tem dado resultado. “A IG abre precedente para que os produtores do Mel do Pantanal tenham o selo, desde que atendam ao protocolo que foi apresentado, já que é um produto com grande inserção no mercado e com valor agregado maior do que se não fosse produzido dessa maneira.”
Peculiaridades – O Mel do Pantanal obteve o IG no dia 10 de março de 2015. Essa é a primeira IG de uma região produtora de mel e também a primeira do Centro-Oeste do Brasil. O pesquisador a Embrapa Pantanal elucida que é um mel diferenciado, pois vem de uma região com alto nível de conservação, baixo uso de agrotóxicos e que contribui para a manutenção do meio ambiente. “As floradas são nativas e, atualmente, isso é muito raro no âmbito da produção de mel. As produções agrícolas são maioria, tais como em culturas do girassol, mato forrageiro, macieira, laranjeira ou eucalipto para produzir mel, portanto, em áreas silvestres está cada vez mais restrito – esse é um grande diferencial da apicultura da nossa região”, ressaltou.