Programa de incentivo visa o ingresso de novos criadores à raça e o aprimoramento da qualidade da carne produzida
Um dos mais tradicionais criatórios de Wagyu, a Fazenda Angélica, de Ricardo e Daniel Steinbruch, criou um programa de incentivo que tem levado diversos novos investidores à raça. Os criadores vendem seus animais em um leilão anual e se comprometem a pagar até o dobro do preço da arroba pela produção de bezerros.
Eles também são proprietários da marca de carnes Kobe Premium, que abate e comercializa cortes de Wagyu. “Somos fornecedores e compradores da nossa genética. Por isso queremos contribuir para o melhoramento genético da raça e aperfeiçoar a qualidade da carne. Hoje os frigoríficos ainda não oferecem uma remuneração satisfatória aos produtores, mas acredito que no futuro isso acontecerá”, destaca Daniel.
O Wagyu é uma raça japonesa considerada a que produz a carne mais cara do mundo, em função do alto marmoreio. A raça chegou ao Brasil na década de 1990, quando a Fazenda Yakult, de Bragança Paulista, SP, importou um casal de animais, sêmen e embriões dos Estados Unidos. Atualmente existem cerca de 50 criadores de Wagyu no Brasil. O rebanho total é de aproximadamente cinco mil animais.
De acordo com o Banco de Dados da DBO, no ano passado o Leilão Kobe Premium alcançou a maior média da história dos remates de Wagyu no Brasil ao vender 16 fêmeas a R$ 23.010.
Confira um trecho da entrevista de Daniel Steinbruch ao Portal DBO. Ele explica como funciona o programa de incentivo que chega a pagar o dobro do preço da arroba para animais Wagyu.
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