Campo Grande (MS) – Ao anunciar um pacote de R$ 30 milhões em ações no âmbito de Ciência, Tecnologia e Inovação, em evento que reuniu reitores, pesquisadores e autoridades no auditório do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), o governo “concretiza tudo o que planejou e vem implantando em Mato Grosso do Sul nos últimos sete anos”, resumiu o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck. “Ciência não se faz só com recursos, isso nós sabemos muito bem. Ciência se faz com mentes brilhantes, com a grande capacidade que nossas instituições demonstraram ter de fomentar e gerar pesquisa e inovação”, afirmou.
O ato convocado pela Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, da Ciência e Tecnologia) foi chamado MS + Ciência e reúne as ações e investimentos do governo do Estado em apoio ao desenvolvimento da pesquisa, da ciência e da inovação no Estado. Contou com a presença do governador Reinaldo Azambuja, dos secretários Jaime Verruck, Eduardo Rocha (Governo), Ricardo Senna (adjunto da Semagro e presidente do Conselho da Fundect), reitores da UFMS, UEMS, UCDB, IFMS, Anhanguera, UFGD; do presidente do Sebrae, Cláudio Mendonça, além de dirigentes de outras instituições de fomento e pesquisa.
O diretor presidente da Fundect, Marcio Araújo Pereira, detalhou o pacote de investimentos do governo que totaliza R$ 30 milhões e se divide em recursos para custeio de bolsas de pesquisa de mestrado, doutorado e pós-doutorado (R$ 6,94 milhões), apoio a iniciativas da área de inovação científica (R$ 8,11 milhões) e fomento ao desenvolvimento de pesquisas em diferentes áreas do conhecimento (R$ 14,95 milhões). “Mato Grosso do Sul é o Estado que mais investe na concessão de bolsas para doutorado e o 2º em volume de recursos destinados ao apoio a pós-doutorado, doutorado e mestrado”, disse.
Há recursos para pesquisas na área da piscicultura, no desenvolvimento de espécies nativas de peixes e de iscas; também para desenvolver variedades agrícolas que atendam as demandas do produtor rural; para fomentar a inovação na indústria, em parceria com a Fiems; e várias iniciativas conjuntas com as universidades. “Nunca na história de Mato Grosso do Sul se investiu tanto e tão forte na ciência”, assegurou o presidente da Fundect.
O secretário Jaime Verruck acrescenta que esses investimentos acompanham as demandas do Estado por expansão tanto no setor industrial, quanto na agricultura e na pecuária, sempre mantendo os pilares do desenvolvimento sustentável que vai conduzir Mato Grosso do Sul a ser Estado Carbono Neutro até 2030. “O Edital que lançamos hoje (6) pela Fundect disponibiliza R$ 10 milhões para apoiar projetos de pesquisa e inovação que contribuam para o alcance dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) do milênio”, pontuou.
A reitora do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), Elaine Cassiano, que é presidente do Conselho de Reitores de Instituições de Ensino (CRIE/MS) e representou todas as instituições de ensino superior, disse que além de ajudar Mato Grosso do Sul a se tornar Estado Carbono Neutro, esses investimentos que se fazem hoje em pesquisa, inovação e tecnologia “vão transformar vidas, melhorar a realidade das comunidades”.
O governador Reinaldo Azambuja enfatizou que o Estado só tem condições de investir em todas as áreas prioritárias – como está fazendo – porque o governo teve a coragem de tomar medidas amargas e até impopulares no início da gestão, “pensando no ente como um todo que é o bem de Mato Grosso do Sul”. Reinaldo deixou claro que “nós, de Mato Grosso do Sul, acreditamos na ciência e vamos continuar investindo”, ao passo que em muitas outras unidades da federação a situação seja de arrocho. “Pensam se vão pagar salário”.
Reinaldo finalizou lançando um desafio aos pesquisadores e aos representantes das instituições de ensino presentes: “que venham as boas ideias porque recursos disponíveis para investir nós temos”.