Campo Grande (MS) – O incêndio que atingiu a Fazenda Boi Negro nesta semana expôs um gargalo do setor florestal em Mato Grosso do Sul. As queimadas causam grandes prejuízos aos produtores do Estado e a integração do setor com o Governo é uma forma de intensificar a prevenção e minimizar as perdas.
Iniciado na quarta-feira (13), o incêndio queimou cerca de 3 mil hectares da fazenda Boi Negro, localizada em Ribas do Rio Pardo às margens da BR-262. Foram mais de 1 mil hectares de florestas de eucalipto, além de pastagens, áreas de preservação permanente e reserva legal.
Assim que soube das proporções da queimada o Governo do Estado mobilizou equipes para apoiar no combate as chamas, por meio do Corpo de Bombeiros e avaliar os impactos ambientais, trabalho feito pelo Instituto de Meio Ambiente de MS (Imasul). Os servidores se uniram aos brigadistas, empresários locais e associados da Reflore para resolver a situação que durou mais de 24 horas.
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, destaca que o Governo do Estado mapeou os gargalos do setor florestal e atua para resolvê-los, mas uma das preocupações são os incêndios florestais que sempre causam grandes prejuízos.
“Nós tivemos um grande número de focos de queimadas este ano, então nós temos que efetivamente investir. Estamos fazendo campanhas de prevenção, mas temos que ter uma ação integrada entre governo e empresas que já tem uma estrutura própria de brigada”, diz ele ao ressaltar que não existe incêndio florestal de pequena monta, sempre quando ocorrem são de grande impacto.