Na primeira reunião grupo pontuou principais diretrizes e apresentou ideias
Campo Grande (MS) – A primeira reunião do Grupo de Trabalho designado pelo governador Reinaldo Azambuja para trabalhar na organização e estruturação do novo programa de apoio à criação de gado para o abate precoce, que aconteceu na manhã desta segunda-feira (23) na Secretária de Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul, não se ateve apenas as apresentações.
Buscando alcançar novos patamares com índices cada vez melhores de participação de produtores e analisando os diferentes elos da cadeia produtiva, representantes da Embrapa Gado de Corte, Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), da Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Novilho Precoce (ASPNP), do Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados do Estado de Mato Grosso do Sul (SICADEMS) e do Governo do Estado – este último coordenador dos trabalhos, sob o comando do Médico Veterinário, Marivaldo Miranda – logo perceberam a convergência das ideias e deram andamento as ponderações de cada instituição com grande agilidade.
Rainer, representante do Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados do Estado de Mato Grosso do Sul, falou sobre as demandas do setor, e uma das principais citou a falta de conexão entre as informações colhidas ao longo da cadeia. Nesse sentido, sugeriu que mecanismos inseridos no novo programa possam dar um ‘feedback’ ao produtor para que ele possa melhorar seu processo produtivo.
A Embrapa Gado de Corte, representada pelo seu Chefe Geral, Cleber de Oliveira Soares e o pesquisador Gelson Luis Dias Feijó, apresentou subsídios técnicos colocados sob a ótica da qualidade do produto resultado das exigências do programa e, ainda fez uma analise estatística dos parâmetros dos animais classificando-os em quatro tipos.
A Associação dos Produtores de Novilho Precoce observou sua preocupação em elaborar um sistema com simplicidade operacional e de fácil compreensão. A ideia é que o novo programa venha para incentivar os produtores que ainda não fazem parte a se inserirem, segundo Nedson Rodrigues.
Uma proposta, elaborada em cima de discussões realizadas ao longo dos últimos seis meses sobre o programa, foi apresentada pela Famasul, buscando melhorar o programa em andamento.
Ao cobrar a visão do Governo do Estado com relação as suas expectativas quanto ao que o programa deve conter em seu bojo, o grupo ouviu do Secretario Adjunto Jerônimo Alves Chaves, que por parte do Estado existe a ideia de trabalhar com um sistema que ofereça acima de tudo, segurança e credibilidade.
Um sistema baseado na pontuação por item cumprido – que deve ser apresentado por Marivaldo Miranda na próxima quinta-feira (26) quando acontece à segunda reunião do grupo – sugere uma sequencia clara, objetiva e bem mais abrangente do que o atual, utilizando um modelo de pontuação que não ficariam sob o controle apenas de um elo da cadeia.
Um maior compromisso por parte do setor privado e com o trabalho dos responsáveis técnicos foram alguns dos pontos levantados, além da importância de que o novo programa tenha mecanismos que proporcionem sua manutenção periódica, de forma que ele possa evoluir junto com o setor.
Para ampliar sua abrangência, todos os participantes concordam que as exigências devem ser escalonadas evitando que o acesso ao programa fique restrito a um numero pequeno de produtores do Estado.
A segunda reunião do grupo acontece no próximo dia 26, quinta-feira, na Secretária de Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul.
O secretário de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Lamas, revelou estar bastante satisfeito com o ritmo da reunião, com a disposição das entidades e com a convergência de ideias, percebida logo no inicio e mantida durante todo o processo das discussões. Para ele o grupo deve cumprir os prazos e chegar a um novo modelo mais abrangente e seguro para o programa.
Kelly Ventorim – Sepaf