“É um setor muito dinâmico”, conta Lucas Carvalho, atual avicultor da fazenda, que iniciou a produção de ovos quando o avô dele era o proprietário. “Quem vê o ovo na prateleira do mercado não faz ideia do trabalho que deu para a gente produzir esse ovo e chegar até a ele”, acrescenta.
O processo começa com as pintainhas, que são aves de primeira semana de vida. Segundo a zootecnista Gisele Carolina, nas primeiras semanas de existência, as aves não conseguem regular adequadamente a temperatura corporal, por isso são mantidas em um ambiente controlado, com aquecimento adequado.Além da temperatura, a ração das pintainhas deve ser pré-inicial, atendendo as exigências que os filhotes precisam para um bom crescimento.
avicultura exige cada vez mais profissionalismo
(Foto: Reprodução/TV Bahia)
Assim que as aves vão se desenvolvendo, os tipos de rações acompanham seu crescimento, sendo modificadas a cada fase de vida.
Cada ave consome em média 100 gramas de ração por dia. Na fazenda Sossego, isto resulta em um consumo diário de 70 mil quilos de ração a base de milho e soja, distribuídas por máquinas nos 80 galpões da granja.
“Além da influência no ganho de peso e na produção de ovos, a alimentação influencia também na imunidade e em toda a vida produtiva do animal. Se for inadequada, a ave terá uma vida produtiva menor. Existe uma preocupação cada vez maior na forma como o animal é tratado e criado”, afirma o zootecnista Ricardo Abreu.
O zootecnista ainda destaca que o uso de hormônio é proibido pela legislação brasileira.
“É uma coisa que até médico pergunta para a gente. Esqueçam isso, não existe a menor possibilidade de ser usado hormônio na alimentação de aves, seja ave de corte ou ave de postura”, exclama Abreu.
temperatura controlada (Foto: Reprodução/TV
Bahia)
Outro fator importante é garantir a segurança nos galpões. O controlo de praga segue as normas de biossegurança e a granja conta com programa de vacinas que o Ministério da Agricultura exige.
Para Lucas Carvalho, os cuidados com as galinhas são necessários aumentar cada vez mais a profissionalização do negócio. “A avicultura, como qualquer coisa hoje em dia, tem que ser muito profissional. Se não houver o profissionalismo, o negócio tende a fracassar, porque a galinha exige muito da gante”, diz.
Os maiores avicultores da Bahia estão no nordeste e oeste do estado. Só na Fazenda Sossego são 250 empregos diretos, apesar de parte do processo ser mecanizado. Hoje, a produção é de 1.600 caixas por dia. O objetivo do avicultor Lucas é que esse número cresça para 2 mil e 2,1mil caixas diárias.
As avícolas baianas produziram entre janeiro e junho de 2016, 23.586.000 dúzias de ovos, o que equivale a um acrescimento de 5,97% com relação ao mesmo período de 2015.
Do G1 BA, com informações do Bahia Rural