Campo Grande (MS) – A programação do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) para o ano de 2019 e as demandas locais que poderão ser inseridas na programação em 2020 foram apresentadas em reunião realizada na terça-feira (25), na Fiems, com representantes do setor produtivo de Mato Grosso do Sul e empresários.
A coordenadora-geral de Fundos e Promoção de Investimentos da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste), Luciana Barros, afirmou que a reunião é uma etapa importante da elaboração da programação do FCO. “Esta é uma rodada de escuta. A gente recebe todas as demandas locais das quatro unidades federativas e leva para dentro do Grupo de Trabalho para discutir o que fica, o que sai, o que pode ser alterado. Esse processo reflete a demanda de mercado, nos dando uma direção de onde melhor aplicar o fundo”, disse. A proposta de programação do FCO para o próximo ano, segundo a coordenadora-geral, considera os marcos previstos pelo governo federal no PNDR (Plano Nacional de Desenvolvimento Regional) e no PRDCO (Plano Regional de Desenvolvimento do Centro-Oeste).
O superintendente de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Bruno Gouveia Bastos, destacou que a Secretaria tem objetivos estratégicos alinhados aos planos elaborados pelo governo federal.
“Nós ressaltamos o posicionamento da Semagro em relação às vinculações do FCO, para que o Fundo não perca o seu objetivo. Reiteramos a importância da proposta de alteração das normas do Fundo, já apresentada no âmbito do Condel, para que o CEIF possa autorizar a contratação via cooperativas. Expusemos nossa preocupação em relação à demora no andamento da linha do FCO para que a pessoa física financie equipamentos de geração de energia solar fotovoltaica, além da necessidade de o Banco do Brasil repassar mais informações nos projetos de até R$ 1 milhão, que entram diretamente no banco, sem a pré-análise do CEIF”, informou Bruno.
Claudia Pinedo Zottos Volpini, representante da Fiems no Conselho do FCO, destacou a importância do Fundo para fomentar a indústria do Estado e que as propostas apresentadas irão incentivar a contratação de recursos tanto na modalidade empresarial quanto na rural. “Ficamos satisfeitos em constatar que existe esta preocupação da Sudeco em ouvir as demandas do setor produtivo e entender melhor a realidade local antes de fechar a programação do FCO, que hoje é uma das principais ferramentas que o empresário tem para acessar recursos que vão financiar a melhoria de seu empreendimento”, afirmou.
Representando o Banco do Brasil, Sinval da Mata fez um balanço do FCO nos últimos anos, além de apresentar orientações sobre como contratar os recursos do fundo e os principais gargalos para a não aprovação de propostas. “O fato de o FCO estar batendo recordes nos últimos anos só reforça o quanto é um mecanismo fundamental para o desenvolvimento do país. Após uma queda nas contratações em 2016, em 2018 batemos um recorde”, comentou.
Segundo os dados da instituição, em 2018 foram liberados R$ 9,4 bilhões em recursos do FCO, enquanto em 2016 o montante total foi menos da metade deste valor (R$ 8,3 bilhões). Após o recebimento das propostas do setor produtivo para o FCO 2020, elaboradas pelo Sebrae/MS e pela Semagro, a Sudeco prevê apresentar uma proposta final de aplicação dos recursos em outubro.
Com informações da Assessoria de Comunicação da Fiems