Durante a crise da mandioca no Estado, a tentativa de adicionar de 3% a 10% de fécula de mandioca na farinha, cogitada através de um projeto de um deputado estadual não foi aceita por empresários do setor, sendo abandonada em seguida. Paralelo a essa ação, o Governo do Estado focou esforços na ação mais eficiente que, seria então, a absorção dessa produção pelo Governo Federal através da Conab.
A investida colaborou significativamente na decisão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em adquirir farinha de mandioca para garantir um preço mínimo aos produtos.
A atitude da Conab foi percebida pelo Secretario Adjunto da Sepaf, Jeronimo Alves, como sendo uma resposta positiva aos apelos feitos pelo do Governo do Estado, nos diversos encontros provocados para discussão da crise, e ainda reuniões do Governador Reinaldo Azambuja, e do Secretario de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf), Dr. Fernando Mendes Lamas, sempre em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), em Brasília e aqui na capital.
Jerônimo observou que os representantes da Conab sempre se mostraram abertos e prontos a ajudar na busca dos melhores caminhos para solucionar o problema que, como ele mesmo já observou, é cíclico. “O dialogo venceu. Agora devemos nos organizar e promover discussões onde possamos trabalhar em conjunto para evitar problemas futuros”. Sugeriu.
Nas diversas oportunidades, varias entidades como a Delegacia Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Estado do Mato Grosso do Sul (DFDA–MS), a Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira da Assembleia Legislativa, e a própria Agencia de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), trabalharam conjuntamente.
A operação foi aprovada pelo Conselho Interministerial de Estoques Públicos (Ciep), composto pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário e a Casa Civil, motivada pela queda no preço da farinha e da fécula de mandioca. Em razão da seca no Nordeste, os produtores nos demais estados aumentaram a produção para abastecer o mercado e, agora, com a recuperação da região nordestina, houve um excesso de oferta, levando à redução dos preços.
A Companhia que foi autorizada a comprar até 40 mil toneladas de farinha e fécula nos estados, onde a cotação de mercado esteja abaixo do preço mínimo vai adquirir os produtos por meio da Aquisição do Governo Federal (AGF). A ideia é garantir aos produtores rurais o nível de rentabilidade dado pelo preço mínimo, evitando que tenham que comercializar sua produção a preços que inviabilizem a atividade.
O Produtor interessado em vender seu produto, deve procurar a superintendência da Conab podendo entregar até 105 toneladas de farinha e 90 de fécula. Antes de finalizar a compra o produto é avaliado para verificar se atende aos padrões exigidos.
Na foto, Enelvo Felini (Agraer), Gerson Faccina, (DFDA–MS), a Nilza Ramos (prefeita de Novo Horizonte do Sul) e Jeronimo Alves (Sepaf)