Campo Grande (MS) – O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, representou o governo do Estado na noite de segunda-feira (20) na 5ª rodada dos Encontros Setoriais da Indústria. O evento foi realizado pela Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul), na Fiems. No encontro, o secretário ressaltou a importância do segmento sucroenergético para Mato Grosso do Sul e destacou o espaço existente para evoluções no quesito ambiental.
“O Governo precisa evoluir, nós precisamos estabelecer novas relações com essa indústria na questão ambiental. Muito nos alivia perceber que o segmento apresenta sinais de retomada, pelo menos uma planta que estava fechada no Estado vai retomar as atividades e outras ainda podem retornar”, avaliou. A indústria sucroenergética representa a maior massa salarial do setor em Mato Grosso do Sul e foi responsável por um aumento de 30% no PIB (Produto Interno Bruto) em três anos. Mesmo assim, foi o único segmento industrial a sofrer cortes na política de incentivos fiscais, medida que impactou as operações com etanol dentro do Estado.
O presidente da Fiems, Sérgio Longen, classificou como inadmissível a criação de novos impostos e a ingerência do Governo Federal na esfera administrativa estadual. “Com esses encontros, nós nos posicionamos perante ao Governo do Estado e perante à Assembleia Legislativa, levando ao conhecimento de todos o que a indústria representa na economia local e de que forma sofreríamos o impacto caso o governo venha, de uma forma linear, construir novos impostos em cima dos setores responsáveis pelo desenvolvimento do nosso Estado”, disse.
O presidente da Biosul, Roberto Hollanda, apresentou um panorama das atividades do segmento sucroenergético no Estado, com ênfase nos reflexos positivos causados nas regiões onde existem plantas industriais instaladas. “Temos que manter firme e acesa a consciência de que vivemos um momento de crise muito sério. Para que a gente continue convertendo o nosso potencial em realidade, em desenvolvimento, emprego e renda, precisamos de alguns fatores. O segmento precisa fazer o seu dever de casa, precisamos de um cenário positivo por parte dos governos estadual e federal. Precisamos ter previsibilidade, precisamos ter a intenção de crescer e precisamos trabalhar para sermos cada vez mais competitivos”, alertou.
Já o presidente do Conselho Deliberativo da Biosul, Amauri Pekelman, citou alguns gargalos enfrentados pelo segmento nos últimos anos. “O segmento sucroenergético, de 2008 para cá, vem sofrendo com políticas públicas equivocadas que nos prejudicaram consideravelmente. Principalmente as políticas voltadas ao preço dos combustíveis. O setor deixou de crescer aqui no Estado e no País todo e agora começa a respirar novamente. Mas dependemos de políticas públicas diferenciadas para voltar a crescer”, frisou.
Marcelo Armoa