O Governo do Estado de São Paulo autorizou nesta segunda-feira (28) a licitação das obras de ampliação do Canal de Nova Avanhandava, no trecho paulista da Hidrovia Tietê-Paraná. A retomada da Hidrovia aconteceu no dia 27 de janeiro deste ano e possibilitará a utilização de um modal para o escoamento da produção das riquezas de Mato Grosso do Sul. O ramal ficou desativado por quase 2 anos devido à estiagem que ocorreu neste período.
A obra beneficiará o transporte de cargas do país por um dos principais corredores de exportação do Brasil, que atende diretamente os estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná.
A intervenção que será realizada no canal de navegação de Nova Avanhandava, no reservatório de Três Irmãos, proporcionará a ampliação de 2,4 metros de sua profundidade em 10 quilômetros da hidrovia.
Para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o custo com a logística diminuirá. “Essa hidrovia é estratégica para o meio ambiente, porque tira caminhão da estrada, tinha óleo diesel e melhora a logística. Com isso, o custo de transporte chegar a 30% mais barato. Além disso, a hidrovia irá gerar competitividade, desenvolvimento e emprego”, declarou o governador.
Logística e desenvolvimento de MS
Na ocasião da retomada da Hidrovia Tietê-Paraná, que aconteceu no trecho do reservatório da Usina de Nova Avanhandava – local das futuras obras de ampliação – o secretário da Semade, Jaime Verruck, considerou: “é um importante investimento do Estado de São Paulo que beneficia diretamente Mato Grosso do Sul. Pelo rio, nossa produção vai até Pederneiras e depois até Porto de Santos. Dá mais competitividade e menos custo para aquilo que produzimos”, explicou o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, que também participou da reativação.
A suspensão das atividades de transporte no rio havia atingido as cargas vindas principalmente de São Simão (GO) e Três Lagoas (MS), que compreendem soja, milho, celulose e madeira.
Ampliação – Tal melhoria possibilitará maior flexibilidade na operação das hidrelétricas de Três Irmãos e Ilha Solteira sem interferir na navegação, uma vez que as embarcações que navegam pela hidrovia compartilham o mesmo espaço físico das barragens das usinas hidroelétricas, construídas com o conceito de aproveitamento múltiplo das águas.
Com isso, a obra será de extrema importância para o futuro do modal por contribuir para a compatibilização do uso do reservatório tanto para o transporte de cargas como para a geração de energia.
O investimento previsto nas intervenções é de R$ 289,6 milhões, que fazem parte do Programa de Modernização da Hidrovia Tietê-Paraná. As Licenças Ambientais de Instalação e de Operação das obras já foram concedidas pela Cetesb, órgão ambiental, em 27 de janeiro deste ano.
Com informações do Governo de SP. Foto: A2img / Gilberto Marques