O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul propôs oficialmente ao Governo Federal a criação de uma linha de crédito com R$ 240 milhões do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) exclusivamente para auxiliar na recomposição dos prejuízos que a estiagem intensa e as queimadas provocaram aos empreendimentos turísticos e às propriedades com atividades pecuárias, localizadas na planície do Pantanal em Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso.
A solicitação foi feita pelo governador Reinaldo Azambuja e o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) em reunião na terça-feira (1º) com o o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, em Brasília (DF). “Foi uma reunião muito produtiva e que tecnicamente ainda vai ser discutida no âmbito da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste) para levar esses recursos para o Pantanal”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja.
De acordo com o secretário Jaime Verruck, da Semagro, houve um grande impacto na área de turismo e na atividade pecuária no Pantanal em Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, provocado pela estiagem e queimadas ocorridas neste ano de 2020. “Nós fizemos uma proposta de alocação de 4% dos recursos do FCO, o equivalente a R$ 240 milhões. O ministro viu a proposta com bons olhos e ela já foi avaliada positivamente pelo comitê técnico do Condel (Conselho Deliberativo do Sudeco)”, afirmou.
A próxima reunião do Condel acontece em 7 dezembro, em Brasília, e contará com a presença do governador Reinaldo Azambuja. “Temos o apoio do Estado do Mato Grosso e acreditamos que na reunião do dia 7 a gente consiga essas aprovações para o exercício de 2021. Isso é importante, pois temos uma necessidade de recomposição de matrizes, recomposição de pasto e cercamento nas propriedades atingidas não somente pelas queimadas, mas pela seca mais intensa no Pantanal”, acrescenta o titular da Semagro.
Outro projeto discutido com o ministro Rogério Marinho foi a revitalização do rio Taquari. A Secretaria Nacional de Bacias Hidrográficas é de responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Regional. Reinaldo Azambuja e Jaime Verruck apresentaram o levantamento do Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) sobre os impactos ambientais. O governador também solicitou a criação de um comitê da Bacia do Rio Taquari.
“Apresentamos a necessidade da criação de um comitê federal da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari, instituído pelo ministério e pela ANA. Como o Taquari foi definido como prioritário, apresentamos um estudo finalizado pelo Imasul, agora com levantamento de custos, junto à secretaria nacional de bacias hidrográficas”, finalizou Jaime Verruck.
O encontro contou com a participação do deputado federal Beto Pereira e do senador Nelsinho Trad, coordenador da bancada de Mato Grosso do Sul.