Falamos com um especialista em Nutrição Funcional que explicou um pouco mais a questão da sensibilidade ao glúten e de como esta condição afeta a vida das pessoas
Em entrevista ao Lifestyle ao Minuto, Gabriel de Carvalho explica que o glúten pode afetar a vida de uma pessoa de “forma muito profunda”, uma vez que causa “os mais diversos sintomas.”
Destaca que o glúten “pode estar ligado à depressão, a quadros de ansiedade, alterações no peso – ganho ou perda de peso -, sintomas como flatulência, alterações de humor, questões de pele como eczema e até pode estar ligado a abortos”.
Aponta ainda que “a dimensão do problema é de fato muito grande. Alguns estudos falam em 5%, 10% e até 30% em algumas populações”.
Quanto ao diagnóstico, é possível fazer um teste clínico ou tentar perceber através da dieta, tendo em conta os sinais e sintomas da sensibilidade ao glúten.
Gabriel de Carvalho explica que o que “acontece é que, hoje em dia, as pessoas apresentam uma maior sensibilidade ao glúten” devido à frequência com que o consomem.
Isto porque esta substância é consumida cerca de quatro a cinco vezes ao dia em pão, doces, bolachas, massas, etc. E “o trigo tem um agrotóxico que altera o sistema imunológico, como vários estudos indicam, aumentando a sensibilidade do organismo”. E por isso, não é uma questão de moda. Existe é um “exagero no consumo, e o diagnóstico.” Uma vez que “as pessoas estão percebendo que faz mal e estão parando de comer.”
O especialista lembra ainda que “as pessoas não comem quatro ou cinco vezes por dia laranjas, ovos, batata doce ou carne. Talvez o açúcar, o leite e a farinha de trigo sejam os alimentos mais consumidos. E portanto são os mais implicados em problemas”. Por isso, destaca que “o comportamento alimentar alterado tem muito a ver com esta sensibilidade ao glúten e com as alterações genéticas do trigo, entre outros fatores”.
Conta ainda o seu caso pessoal: “Eu parei de comer glúten em 1999. Para mim, essa ‘moda’ já existe há 16 anos. Quando as pessoas percebem que o glúten lhes faz mal – não todas as pessoas -, acabam por eliminá-lo da dieta”. E sublinha ainda que “existe a opção de escolher: viver com ou sem os sintomas associados.”
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