Como acontece habitualmente, à medida que o mês avançar o resultado inicial deve sofrer diluição. É inegável, porém, que o volume da primeira semana de março apresentou resultado alentador, sugerindo que março corrente será fechado com novos recordes nos embarques de carne de frango.
O volume exportado nos três primeiros três dias úteis de março, comparado com os mesmos três dias úteis de fevereiro passado aumentou cerca de 2,8%, o que aparenta ser pouco.
Ocorre que este mês tem três dias úteis a mais que o anterior. Assim, as quase 19,5 mil toneladas diárias já exportadas sinalizam total em torno das 448 mil toneladas – o que, se alcançado, significará novo recorde para o setor. E não apenas para o mês de março, mas para toda a história das exportações. E isso, note-se, envolve apenas o produto in natura.
Tão ou mais alentador é o fato de que o preço médio do produto continua em franca recuperação. Aliás, tão franca que o preço médio alcançado nesses três primeiros dias de março – US$1.777,35 por tonelada – representa aumento de 6,58% sobre o mês anterior e de 28,26% sobre março de 2016, correspondendo também ao maior valor alcançado pelo produto nos últimos 27 meses.
É cedo, sem dúvida, para uma projeção do gênero. Mas se esses resultados se confirmarem, a receita propiciada pela carne de frango in natura em março corrente ficará próxima dos US$800 milhões, superando em mais de 15% o recorde de US$685 milhões que se mantém desde julho de 2015.